Depois, foram vários almoços em Lisboa e dois jantares aqui em casa, com a esposa, duas noites de grande fraternidade e, claro, imensa "morabeza". Da última, já fora operado aos pulmões mas estava em grande forma, pensando-se que a doença estava debelada por inteiro.
Em 28 de Agosto de 2009, quando nos encontrámos ao vivo pela primeira vez, oferecera-me e autografara o seu monumental "A Imprensa Cabo-Verdiana, 1820-1975", editado pela Fundação Macau - Direcção dos Serviços de Educação e Juventude, em Setembro de 1998, por ocasião de uma visita a Cabo Verde do Governador de Macau, general Vasco Rocha Vieira.
Falou-me ele de todas as vezes num outro longo e desenvolvido trabalho que tinha em mãos, sobre genealogia das famílias cabo-verdianas. Não o conseguiu editar e tenho a certeza de que para além da saudade de deixar esposa e filhos muito lhe deve ter custado partir sem esse outro "filho" ter sido dado à luz. Veremos o que a família decidirá sobre esta peça fundamental da história das ilhas - a qual, como é óbvio, terá MESMO de ser editada.
Deu-me o Valdemar a tristíssima notícia, em que às primeiras nem consegui acreditar, de tão inesperada que foi. Estou (e estarei) ainda atordoado, pois pensava que a maldita doença tinha sido debelada. Assim não aconteceu. Resta-nos a memória de um bom amigo e de um excelente historiador. Esperemos que as autoridades cabo-verdianas também tenham o João Manuel na boa conta que ele mais que merece...
Um braça pertóde pa bô, Joman,
Djack
Em 28 de Agosto de 2009, quando nos encontrámos ao vivo pela primeira vez, oferecera-me e autografara o seu monumental "A Imprensa Cabo-Verdiana, 1820-1975", editado pela Fundação Macau - Direcção dos Serviços de Educação e Juventude, em Setembro de 1998, por ocasião de uma visita a Cabo Verde do Governador de Macau, general Vasco Rocha Vieira.
Falou-me ele de todas as vezes num outro longo e desenvolvido trabalho que tinha em mãos, sobre genealogia das famílias cabo-verdianas. Não o conseguiu editar e tenho a certeza de que para além da saudade de deixar esposa e filhos muito lhe deve ter custado partir sem esse outro "filho" ter sido dado à luz. Veremos o que a família decidirá sobre esta peça fundamental da história das ilhas - a qual, como é óbvio, terá MESMO de ser editada.
Deu-me o Valdemar a tristíssima notícia, em que às primeiras nem consegui acreditar, de tão inesperada que foi. Estou (e estarei) ainda atordoado, pois pensava que a maldita doença tinha sido debelada. Assim não aconteceu. Resta-nos a memória de um bom amigo e de um excelente historiador. Esperemos que as autoridades cabo-verdianas também tenham o João Manuel na boa conta que ele mais que merece...
Um braça pertóde pa bô, Joman,
Djack
Pena partiu muito cedo quando ainda tinha muito para dar ao Mundo da lusofonia.
ResponderEliminarCabo Verde ficou mais pobre
Além de tudo aquilo que o Joaquim Saial relembra e enaltece, com que me identifico totalmente, o João Manuel era meu parente pelo lado paterno, pois que a minha bisavó Ana Oliveira era tia-bisavó dele. Há alguns anos, ele forneceu-me importantes elementos sobre a genealogia familiar mais remota do lado Lima e Oliveira. E da minha parte dei-lhe elementos sobre as gerações mais actuais.
ResponderEliminarÉ uma grande perda para Cabo Verde. Associo-me ao luto de toda a família. Paz à sua alma!
Depois de uma dezena de dias numa aldeia da Auvergne, vim, com saudades de todos, dar uma falinha e vejo que o bote não saiu da praia desde que perdemos o João Manuel.
ResponderEliminarNunca tive a oportunidade de o encontrar, apesar de me avisar sempre das chegadas a Lisboa. Fico ainda com mais pena pois tinhamos a dizer para o seu livro sobre a genealogia.
Poucos meses antes da infausta noticia, a meu pedido, ele me mandou a minha biografia pois não queria outra diferente do que ele escreveu. Falamos da publicação da obra e disse-lhe que gostaria de a ter antes de chegar a minha hora.
Espero que os seus familiares publiquem o(s) livros(s) quanto antes em memôria do autor.
R.I.P Joman.