sexta-feira, 10 de setembro de 2021

[5344] Negóce na nha rua. Era Maio de 1931

Negócio ainda próspero nos meados dos anos 60, eram os meus vizinhos da frente. Quando de manhã abria as gelosias da janela do meu quarto, era a sede da Ferro & Cia. que via, com acompanhamento do barulho das mulheres e das latas de água na fila para serem atendidas na Vascónia, quintalona de Ferro. E depois tinham os seus navizim da água que iam buscar a Santo Antão e que nesta altura de 1931 também recebiam passageiros e carga, como vemos no anúncio.


1 comentário:

  1. Djack, aquele vozeario das mulheres no lugar que referes era uma nota típica da cidade. Esse vozerio tenho-o bem vivo na mente: Adé, nha maria, bom dia, já bocê ti ta bai?; Oh nhô Ciril bocê ê trivid, quem dóbe licença pa dzê'me ês desaforo?; Jonaaa! Bem li, mnina, modquê bô c'ba na boi de Tchã d'licrim onte? Junzim, trá mon de nha polpa, desgraçód, quem dóbe licença? nha Lorença, hoje há cavala frisquim na plurim."

    Djack, fiquei a saber por este post que os "vaporim dága" (navios-tanque que transportavam água de S. Antão para S. Vicente) levavam passageiros antigamente.
    Por acaso, fui um deles, mas foi em 1962, no meu último ano do liceu. Creio que a título excepcional. Estava na então chamada Milícia (da Mocidade Portuguesa, e que era de frequência obrigatória, sob pena de se perder o ano escolar por faltas). Ora, o grupo da Milícia foi ao Tarrafal de Monte de Trigo (S. Antão) fazer um acampamento, comandado pelo instrutor, tenente Maia.

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