É sempre agradável revisitar o interior de S. Antão. Sempre que vou a Cabo Verde, não falho uma visita a S. Antão. Pena é a paisagem humanizada, nomeadamente o tipo de casa que se constrói, numa anarquia total, sem respeito a uma traça típica e dominante e que devia ser imposta pelas autoridades. Cada um levanta umas paredes a seu bel-prazer e vai completando a habitação à medida das suas possibilidades, ficando ela longo tempo em tijolo ou sem reboco. Depois, não há qualquer critério, abundando na paisagem rural situações de construção do mais absurdo e falta de gosto e bom senso que se possa imaginar. Mais valia manter as antigas casinhas rurais de pedra sem reboco mas caiadas e cobertas de palha, pois assim havia uniformidade e se definia um tom na paisagem humana. E pinta-se com cores berrantes, à vontade do freguês, quando antigamente era branca a cor dominante. Quem vai à Madeira, aos Açores e às Canárias, verá que há regra e as casas são dum modo geral de cores brancas ou claras, além de se respeitar um padrão de arquitectura, em obediência, naturalmente, ao que impõem as autarquias. Desde a independência que a construção em Cabo Verde começou a descambar para um inexplicável abandalhamento, só equiparável ao pior exemplo do que acontece em África. É pena porque é uma situação deplorável que desfeia a paisagem, atentando contra a imagem do país e prejudicando a oferta turística, aos olhos de quem visita as ilhas. Isto acontece sobretudo no meio rural e nos arredores das cidades e das vilas. Não é de hoje que denuncio e deploro esta situação. E ao que parece ninguém mexe uma palha.
Disseste exactamente o que devia ser dito. Penso exactamente o mesmo. É exactamente um atentado à paisagem e à cultura arquitectónica das ilhas. EXACTAMENTE!
É sempre agradável revisitar o interior de S. Antão. Sempre que vou a Cabo Verde, não falho uma visita a S. Antão.
ResponderEliminarPena é a paisagem humanizada, nomeadamente o tipo de casa que se constrói, numa anarquia total, sem respeito a uma traça típica e dominante e que devia ser imposta pelas autoridades. Cada um levanta umas paredes a seu bel-prazer e vai completando a habitação à medida das suas possibilidades, ficando ela longo tempo em tijolo ou sem reboco. Depois, não há qualquer critério, abundando na paisagem rural situações de construção do mais absurdo e falta de gosto e bom senso que se possa imaginar.
Mais valia manter as antigas casinhas rurais de pedra sem reboco mas caiadas e cobertas de palha, pois assim havia uniformidade e se definia um tom na paisagem humana. E pinta-se com cores berrantes, à vontade do freguês, quando antigamente era branca a cor dominante. Quem vai à Madeira, aos Açores e às Canárias, verá que há regra e as casas são dum modo geral de cores brancas ou claras, além de se respeitar um padrão de arquitectura, em obediência, naturalmente, ao que impõem as autarquias.
Desde a independência que a construção em Cabo Verde começou a descambar para um inexplicável abandalhamento, só equiparável ao pior exemplo do que acontece em África.
É pena porque é uma situação deplorável que desfeia a paisagem, atentando contra a imagem do país e prejudicando a oferta turística, aos olhos de quem visita as ilhas. Isto acontece sobretudo no meio rural e nos arredores das cidades e das vilas.
Não é de hoje que denuncio e deploro esta situação. E ao que parece ninguém mexe uma palha.
Disseste exactamente o que devia ser dito. Penso exactamente o mesmo. É exactamente um atentado à paisagem e à cultura arquitectónica das ilhas. EXACTAMENTE!
EliminarBraça com pena,
Djack