sexta-feira, 6 de julho de 2012

[0202] BANA, O PRIMEIRO DISCO EM DACAR

Bana é História. Bana não tem comparação. Jamais alguém poderá dizer com acerto que o enorme mnine de Soncente canta melhor ou pior que este ou aquele. Bana é único e irrepetível e sem dúvida o equivalente masculino de Cesária Évora no que toca a mornas e coladeras. PRAIA DE BOTE apresenta hoje o primeiro disco do mestre, gravado em Dacar. Não conhecemos a data de edição mas sabemos que é dos primeiros anos 60. A acompanhá-lo, a orquestra do igualmente importante saxofonista, clarinetista e maestro Luís Morais.

Claro que há un certain monsieur Valdêmárrrrr Pêrrêrrá (pronúncia de Tours) que nos poderá falar do assunto com mais detalhe. Esperemos que o dito monsieur surja - a não ser que esteja distraído a beber um apetitoso tinto da Maison des Vins de Loire. Ou outros por ele, que saibam do assunto. Aqui ficam então a capa, a contracapa e a face A do EP ou 45 rotações, como então se dizia. Uma preciosidade, nada descaderóde, apesar do Nhontono...



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4 comentários:

  1. Bana, o bom gigante, que eu conheço desde menino e me honro de ter levado a cantar no Radio Clube Mindelo, em emissões em ditrecto que tiveram grande êxito e exibiram grandes nomes como, por exemplo, B.Leza. Ainda recordo Bana adoptado como mascote do Orfeão da Associação Académica de Coimbra, que visitou o Mindelo nos anos 50 do sec.XX, lançado definitivamente com o acompanhamento de Luis Morais e sua orquestra que mais tarde se chamaraia de "Voz de Cabo Verde"...Bana tem uma voz voz, cheia, redonda e quente que empresta às suas interpretações nuances melódicas por vezes empolgantes, por vezes sofridas, como lamentos de uma alma que sente a musica como poucos e lhe empresta cambiantes inusitadas...Nem pior nem melhor do que ninguém, Bana é, no entanto, único!

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  2. Primeiro contributo, desta feita zitesco, que se agradece. Esperemos pela participação valdemaresca e por outras - para que a memória dos mindelenses e do Mindelo se expanda e a história da ilha alastre.

    Braça banística,
    Djack

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  3. Pois é, Amigo:
    Da data da feitura do disco não sei mas posso avançar mas afirmo que Bana fez a sua estreia artística em Dakar no dia 12 de Outubro de 1962 na revista "Café dos Importantes" onde interpretou o seu próprio papel (Théâtre du Palais). Bana, que passou por variadíssimos palcos, jamais mais fez teatro.

    Foi nessa altura que (re)encontrou Luís Morais, Morgadim, Toi Bibia, Djosinha de Nha Sabina e outros, sendo uns deles nascidos de pais cabo-verdeano em Dakar. Não pararam e nascia pouco mais tarde o célebre conjunto "Voz de Cabo Verde". Espero que outros apareçam para falar do célebre conjunto de que ainda se fala por todo o lado do planeta.


    Do que falo pode ser lido mais detalhadamente no livro "O Teatro é uma Paixão - A Vida é uma Emoção" (pags.120 e 121).


    Praia de Bote nada deixa passar. Felizmente.
    Braça pa tude gente.

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  4. Dessas aventuras teatrais de Bana e de Valdemar se tratará em próximo post. Pois é destas pequenas/grandes coisas que se faz a stóra de nôs Mindelo e das suas personagens marcantes.

    Braça à Talma,
    Djack

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