quinta-feira, 31 de julho de 2014

[0991] Comemorações do post 1000 (2) Radioamadores do Mindelo: os Vera-Cruz, Júlio (tio) & Júlio (sobrinho) - (ver várias actualizações em relação ao post inicial)

No post 979 divulgámos um cartão de apresentação do radioamador cabo-verdiano CR4BC. O nosso amigo Zito, perito nestas coisas do éter, ao comentar o post, referiu várias outras matrículas mas alegou desconhecer quem tinha sido o nome por detrás do dito CR4BC. O Pd'B, que não gosta de deixar os amigos na escuridão, deu meia dúzia de voltas e pimba!, minutos depois estava na posse do dado ("dados", melhor dizendo) requerido pelo atunal radialista.

Ora o CR4BC era Júlio Simas Vera-Cruz, o popular "Siminhas", um dos mais famosos e premiados radioamadores do Mindelo. Um seu sobrinho, Júlio Smith Vera-Cruz (aliás, Júlio Smith de Carvalho Vera-Cruz, 1932-1999, filho de Aguinaldo Simas, irmão de Júlio), usou a mesma matrícula, como se pode ver no envelope de carta que divulgamos, enviado para os States. Esperamos não ter metido muita água nesta área genealógica em que o verdadeiro perito é o nosso amigo Joman... Mas mesmo que haja algum erro nosso, a maior parte do assunto ficou decerto resolvida.



E para o radialista Zito (e restantes visitantes, obviamente), aqui ficam mais uns petiscos mindelenses de alto luxo, no que respeita a radioamadores da cidade do Porto Grande. Praia de Bote, conforme é sua obrigação "estatutária", arranca dos confins da memória um Mindelo esquecido, mais que sabe... diríamos mesmo, sabim, sabim...


Este, de certo modo também um Vera-Cruz, pela esposa Nídia


No Cabo Verde independente, ainda Júlio Vera-Cruz...


quarta-feira, 30 de julho de 2014

[0990] Comemorações do post 1000 (1) Anúncios comerciais

Antecipando o post 1000, que será um concurso especial do Pd'B, o blogue colocará 10 posts seguidos, de temática variada, exclusivamente dedicados ao Mindelo. O primeiro faz propaganda gratuita a dois locais de comes e bebes da Rua de Praia (a nossa rua) e da recuperada Praça D. Luís, a qual fica no enfiamento da oceânica via que bordeja a Praia de Bote. Os anúncios foram retirados do recente jornal electrónico "Cabo Verde, o picnin jornal cultural mensal grátis de Cabo Verde" (n.º 3, já de Agosto - o Pd'B anda sempre sincronizado com o futuro, pois ainda estamos em Julho) que recebemos através de mão amiga.

NOTA: Aproveitamos, para saudar a entrada de dois novos amigos do Pd'B (ver ali ao lado as fotos em "Seguidores"), o jornalista, poeta e escritor Fernando Fitas, nosso amigo, patrício alentejano e comparsa de homenagem a Jorge Barbosa e de outras aventuras de escrita e o Luís António Faria (Tó Faria) que lançou em tempos recentes (16.9.2012) um livro de parceria com Suzana Abreu "Cabo Verde, terra de morabeza". Claro que o Pd'B esteve no lançamento, na Costa da Caparica, e aqui deu notícia da mesma. Quanto ao book, ali está na estante (como vários do Fernando Fitas), autografado e... útil (ver AQUI). Esperemos que tanto o FF como o TF não se limitem a ficar ali e venham de vez em quando dar um ar da sua graça, com comentários de lavra própria. Um braça para ambos.


[0989] Palestra do historiador Jorge Morbey na Associação Cabo-Verdiana de Lisboa não se realizará

Jorge Morbey
Pd'B informa que a palestra divulgada no post 973 (ver AQUI) não se realizará, por agora. O autor teve a amabilidade de nos enviar a mensagem que adiante divulgamos. Pd'B, que iria estar presente, lamenta, devido à prevista qualidade do evento e da personalidade que o iria desenvolver. Desejamos vivamente que o mesmo tenha lugar, logo que possível.


Queridos Amigos,

Lamento informar que a palestra sobre “Património Cultural e Natural de Cabo Verde”, na Associação Caboverdiana, no próximo dia 31 de Julho (quinta-feira), às 18:30 horas, não se realizará.

Tive essa informação hoje (29 de Julho de 2014) e apresso-me a transmiti-la a todos aqueles a quem enviei convite por e-mail, para evitar que se desloquem, em vão, àquela Associação, na data e hora marcada.

De momento, nada mais posso informar. Mas aguardo que a Direcção da Associação Caboverdiana venha a esclarecer os motivos que impediram a realização desta actividade que ficara assente desde o dia 15 de Julho passado.

Vou tentar obter autorização das entidades proprietárias da valiosa iconografia e cartografia que fui autorizado a digitalizar - e incluí no powerpoint que preparei para ilustrar a palestra - para a publicar no meu blog.

Pedindo desculpa por algum inconveniente que o meu convite vos possa ter causado, recebam os meus melhores cumprimentos.

Jorge Morbey

segunda-feira, 28 de julho de 2014

[0986] "O português é para o cabo-verdiano um guarda-chuva excelente" - Texto de Teresa Sofia Fortes

“O português é para o cabo-verdiano um guarda-chuva excelente”: texto mais que interessante da jornalista Teresa Sofia Fortes que saiu em "A Semana" em 25 de Julho passado e foi repetido ontem no "Público", Portugal.

Ver AQUI
Luís de Camões, por Júlio Pomar

[0985] Notícias do Tarrafal de São Nicolau: Festas do Município. Frei Herculano Cruz preside a Missa de Acção de Graças pelo Município

Frei Herculano
Gentileza da CM do Tarrafal de São Nicolau ao Pd'B

A celebração vai acontecer no próximo dia 30, quarta-feira, pelas 19 horas, no conhecido “recinto do Sr. Padre”, no Tarrafal. Frei Herculano está maravilhado por poder celebrar nesta que é também a sua terra.

Capuchinho, natural de Cachaço e residente em Itália, é quem preside este ano à solene Eucaristia de Acção de Graças pelo dia do Município do Tarrafal. A Eucaristia integra a programação do nono aniversário da criação do Município e foi pedida pela Câmara Municipal.

O convite para presidir à festa da Padroeira do Município, Nossa Senhora dos Anjos – dia solene é 2 de Agosto, mas a celebração é antecipada para 30 de Julho – partiu do Pároco do Tarrafal, Frei Ademário Delgado, e encheu de regozijo este filho adoptivo do Tarrafal. “Foi com surpresa e muita alegria que recebi o convite”, revelou-nos o Frei Herculano, que está em São Nicolau para também celebrar os 25 anos da sua ordenação sacerdotal. É a primeira vez que vai celebrar no Tarrafal, por ocasião do Dia do Município, e este facto enche-o de graça. “É um sentimento especial poder celebrar ali”, revelou-nos.

A ligação do Frei Herculano ao Tarrafal é antiga, remonta à infância, ao lado do Padre Gesualdo, também Capuchinho, seu orientador espiritual.

Frei Herculano com o presidente da CM do Tarrafal de São Nicolau
Antes de seguir para Itália, onde fez a formação académica e religiosa, Herculano viveu alguns anos na então vila do Tarrafal, hoje Município. Nunca perdeu ligação ao Tarrafal e sempre que vem a Cabo Verde, visita esta sua terra que, segundo as suas palavras, está a prosperar.

“Conheci o Tarrafal ainda menino, era uma pequena aldeia. Hoje, está a desenvolver-se e a progredir e só desejo o melhor para o Tarrafal”, observou, durante conversa mantida em Cachaço, onde está na companhia dos familiares.

[0984] Notícias do Tarrafal de São Nicolau: novo site do município

Município irmão de São Vicente apresenta novo site, já com o brasão de armas e bandeira recentemente aprovados. O Pd'B envia os parabéns e votos de sucesso por este moderno meio de comunicação com os munícipes tarrafalenses e o Mundo.
Ver AQUI

[0983] Presidente de Cabo Verde participa em homenagem a Carlos Alhinho nos EUA

Foto e texto: jornal "A Bola", Portugal

O presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, irá participar na noite de gala em New Bedford, Estados Unidos, a 9 de Agosto, que irá homenagear Carlos Alhinho, falecido em 2008 e considerado o melhor desportista cabo-verdiano do século XX.

A organização do evento adianta que o chefe do Estado irá dirigir uma mensagem a todos os presentes e contribuir para a angariação de fundos para a construção da estátua do futebolista, que será construída na cidade do Mindelo, em São Vicente.

Estarão também presentes o novo embaixador de Cabo Verde em Washington, José Luís, Fontes, o cônsul-geral de Cabo Verde em Boston, Pedro Graciano, e o mayor de New Bedford.

A gala terá a atuação da irmã, Teté Alhinho, de Sara Alhinho, sobrinha, e de outros artistas da música cabo-verdiana.

Jogador do Benfica, Sporting e FC Porto, e ainda de Portimonense e Académica, Carlos Alhinho morreu a 31 de Agosto de 2008, vítima de acidente no fosso de um elevador num hotel em Benguela, Angola, aos 59 anos.

Como treinador, Carlos Alhinho orientou, ainda, as seleções e Angola e Cabo Verde, bem como outros clubes.

sábado, 26 de julho de 2014

[0981] Texto integral da intervenção de Arsénio Fermino de Pina ontem, na sessão do lançamento em Lisboa (Associação Cabo-Verdiana) do livro citado no post anterior (com actualização)

Arsénio Fermino de Pina
Acto de lançamento do livro "Cabo Verde, os caminhos da regionalização"

Depois de termos ouvido os oradores anteriores, pouco há a acrescentar. Todavia cabe-me a vez para vos dizer algo da minha justiça como um dos coautores.

Como noutras ocasiões escrevi, por a democracia nos ter sido ofertado, a todos, o espaço à liberdade propício ao confronto de ideias opostas, reincido neste livro, de braço dado com amigos sem medo de gongons. Por ser matéria de que pouca gente fala, mesmo pessoas com conhecimentos e peso intelectual, com receio de cair em más graças do poder centralizado, eu, que não tenho nada a ganhar pessoalmente, podendo, até, perder, meto-me no que foi transformado em reola nacional. Não que seja um valentão das dúzias, mas por mero dever intelectual, como activista da sociedade civil.

Os governantes podem estar contra ou a favor da regionalização, mas o que não podem, nem devem, como fizeram, é ignorá-la durante tanto tempo com derivativos. Não devem, tão pouco, eternizar o impasse em que ficou a regionalização, relegando-a às calendas gregas, com cumplicidades que desacreditam as instituições e o regime, por ser política furtiva, esquiva, no seu pior.

Aspecto do público - Foto José Fortes Lopes
Há muito que eu e outros elementos da sociedade civil e até do topo do Estado, e ultimamente, partidos políticos um tanto sobressaltados com a nossa iniciativa que deveria caber-lhes, vimos fazendo propostas e falando da necessidade de estudo da aplicabilidade da regionalização e descentralização entre nós. Recentemente, o nosso Primeiro-Ministro, parecendo admiti-la sem reservas, aplicou-nos, futebolisticamente falando, um suposto valente cravo, garantindo reforço ao Municipalismo, o que, sem nos atrapalhar na jogada e sem árbitro para lhe exibir um cartão amarelo, nem é má decisão de todo, por os municípios poderem participar na regionalização, sem se subverterem, pelo contrário, com proveitos mútuos, embora achemos demasiado o número de municípios criados em períodos pré-eleitorais por motivos, convenhamos, pouco convincentes e suspeitos. Não temos nada contra o municipalismo por ser, com a descentralização, vector do ideário republicano e democrático, mas não manipulado como Cavalo de Troia.

Não vou escorar-me em citações de políticos, filósofos e economistas para reunir argumentos favoráveis à regionalização, nem ela disso necessita. Servir-me-ei de uma freira de clausura, Teresa Forcades, catalã, do Mosteiro em Montserrat, Barcelona, onde vive e lhe é permitido sair para as suas acções de ensino e escrita de livros, sem descurar a meditação e as orações na intimidade da sua clausura, quando antes ajudava na enfermagem. Visitou, há pouco tempo, Portugal para o lançamento do seu livro, "Teologia Feminista na História", traduzido em Português. Provoca quase sempre controvérsia quando abre a boca, por ser muito culta e humana, ter ideias próprias, e dizer procurar simplesmente justiça social. Freira feminista, não parou de defender a igualdade de géneros, dentro e fora da Igreja. Não admira, pois, que escandalize e irrite muita gente, por defender o direito ao casamento homossexual, a ordenação de mulheres na Igreja Católica, entre outros direitos considerados, por alguns conservadores, autêntica heresia. Enfim, uma avis rara no contexto católico a esse nível.

Ela, ainda por riba, não se fica na religião. Lidera um movimento que defende o conceito de “anticapitalismo”, muito antes da declaração do Papa Francisco de que “o capitalismo selvagem mata” e uma democracia mais próxima das pessoas que garanta um verdadeiro Estado social. Teresa Forcades acredita na regionalização, onde os executantes estejam próximos das comunidades, aceites - quando nomeados e escolhidos em eleições - por membros dessas comunidades, e não pela conveniência dos partidos políticos. “Assim é provável que venham a ter mais vergonha se lhes for apontado o dedo, quando cometem irregularidade e ilegalidades”, explica ela. Os políticos actuais, diz ela, “estão demasiado longe dos cidadãos, nunca são responsabilizados pelas decisões, deitam as culpas nos outros quando as coisas correm mal, não tendo o povo maneira de os sancionar”. Pelas suas posições desassombradas, chamam-na de freira vermelha.

Realmente já é tempo de reformar o centralismo, mesmo o democraticamente adjectivado, aceitável no início da nossa independência, mas por período limitado – máximo de dez anos – por ter havido necessidade, nessa altura, de um poder central forte, reconhecido internacionalmente, que angariasse, recolhesse, gerisse a ajuda da solidariedade internacional e desse um pontapé de saída na criação do Estado, mesmo enviesado, como foi, a completar a Nação já constituída. Obviamente que a regionalização terá de ser administrativa, política, económica, financeira, ambiental e cultural. Com a regionalização, grande parte do aparelho do Estado terá de ser transferido para as regiões, ficando o Estado central com os Macro-Sectores do país e as principais funções inerentes à soberania – Negócios Estrangeiros, Defesa, Planificação Financeira Macro-Económica, etc. Não há que ter medo da vertente política, dado que os poderes e funções serão delegados às regiões pelo poder central, devendo estabelecer-se uma sã articulação entre as esferas do poder local e estatal central, e não arbitrariamente decididos pelas regiões, que as exercerão sob supervisão do poder central quanto ao seu cabal cumprimento, sem outras interferências das tradicionais burocráticas, tão estimadas e cultivadas para emperrar o andamento dos processos, criando condições propícias à corrupção. A delegação de alguns poderes, conferindo liberdade aos cidadãos da periferia de escolher e eleger os seus representantes para a governação regional e local é, simplesmente, o ponto exacto em que a Democracia se separa da não-democracia e o poder central transpõe o Rubicão. O nosso Governo parece não querer transpor o Rubicão nesta matéria. A travessia do Rubicão, é bom de ver, não convém ao centralismo Praiense por não beneficiar Santiago e os detentores do poder. As razões da decadência económica de S. Vicente e do marasmo de algumas ilhas residem nessa prioridade absoluta atribuída a Santiago que, além do orçamento do Estado, mama, sozinho, no úbere da cooperação. A ilha de S. Vicente vem sofrendo a condenação, sem culpa, e pasmo-me com a inércia da sociedade mindelense. Onde teria ido parar a tradição de irreverência e de contestação dos mindelenses, a qual, parafraseando o nosso filósofo do povo, Djunga Fotógrafo, nem têm a liberdade e a genica para dar murros na mesa face a tamanha injustiça?

Uma outra limitação à regionalização apontada pelo Governo, a que o nosso Primeiro-Ministro denominou de falta de enquadramento constitucional, é a necessidade de revisão da Constituição. Contra argumentei, por escrito, citando esse bodona da política e da ronha, Charles-Maurice Talleyrand, que foi ministro, embaixador e primeiro-ministro, durante a Monarquia absoluta francesa, atravessou incólume a Revolução Francesa, prestando os seus bons serviços, prosseguindo pelo período napoleónico e a Monarquia dos Bourbons, que não prescindiram dos seus serviços, que ensinou que não é de legalidade que se trata para se rever a Constituição, porque os preceitos constitucionais costumam ter elasticidade suficiente para consagrarem o que a necessidade exige. Afinal, a constituição é a expressão da vontade do povo num dado momento e contexto e há necessidade de ser revista.

Outrossim, embora se tenha lançado na opinião pública a confusão entre autonomia política, reclamada pela regionalização, que é compatível com Estado unitário de direito democrático, e separatismo, que não o é, cabe-nos esclarecer essa tramoia, razão pela qual nos mobilizámos para compor este livro – Cabo Verde, Caminhos da Regionalização – dedicado aos governantes e à sociedade civil, onde os mais diversos aspectos da descentralização e regionalização são examinados por vários autores, com referências detalhadas a experiências noutros países, particularmente na Alemanha, Suiça e França, bem como o importante papel dos emigrantes, a história da nossa emigração, o papel do cinema e teatro, iniciados em S. Vicente, no famoso Eden Park, da família Marques, marco importante da memória colectiva do Mindelo, como bem escreveu Luiz Silva, para a consciencialização nacional como autêntica universidade popular, entre outros assuntos palpitantes de interesse geral, como, por exemplo, o Crioulo e o Português, e o integrismo étnico de alguns santiaguenses.

Boa leitura.

Obrigado pela atenção.
Lisboa, 25 de Julho de 2014
                                
Arsénio Fermino de Pina
                                                   

sexta-feira, 25 de julho de 2014

[0980] Teve hoje lugar, em Lisboa, o lançamento do livro "Cabo Verde - Os caminhos da regionalização" (clique nas imagens, para as ver melhor)

Como indicado pelo Pd'B, realizou-se hoje na Associação Cabo-Verdiana de Lisboa o lançamento do livro "Cabo Verde - Os caminhos da regionalização", compilação de textos de Adriano Miranda Lima, Arsénio de Pina, Carlos Fortes Lopes, Éder Oliveira, Fátima Ramos Lopes, José Fortes Lopes, Luiz Silva, Maria Filomena Vieira, sobre este tema premente (e mais que pertinente) da vida das ilhas. Valdemar Pereira, apoiante convicto e interessado desde a primeira hora, também figura na ficha técnica do livro.

O evento começou com meia hora de atraso e iniciou-se com música e poesia de Cabo Verde, o que atrasou a apresentação da obra, Ainda por cima um dos oradores tinha de sair mais cedo, por obrigações pessoais, não tendo podido como desejaria responder a questões postas pelo público. Mas, mesmo assim, a sessão decorreu em simpático ambiente e valeu bastante a pena, como lançamento da discussão em Portugal (que é o mesmo que dizer na diáspora), depois de o mesmo ter acontecido no Mindelo recentemente.

Aqui ficam imagens feitas pelo Praia de Bote para os que, querendo, não puderam estar presentes. Resta-nos o obrigado aos autores pelos agradecimentos (logo na pág. 3) ao blogue pelo apoio dado (bem como ao Ac'A que recebeu igual simpatia) mas eles mais que merecem e terão sempre a porta aberta para divulgação dos seus trabalhos e eventos.

Arsénio de Pina, a autografar o livro
José Luís Hopffer Almada, nas apresentações
Sant-Anna  e Daniel Moreira
Recitação de poemas
De novo, Sant-Anna e Rafael Moreira
Arlindo Barreto, no violão

Grupo Tapoé (ACV) e Grupo da Associação de Carnide (AAAESCV)

A mesa: Arsénio de Pina, José Fortes Lopes, JLHA e Éder Oliveira
Éder de Oliveira, um dos co-autores, no uso da palavra
A vez de José Fortes Lopes, outro co-autor do livro


...e  ainda Arsénio de Pina
Gumercindo Chantre, felicitando os autores pelo livro
Participação do público
Outro participante

[0979] Um bote para vapor...

O Pd'B desconhece a autoria do presente cartão mas ela deve residir em alguém do círculo do "Boletim dos Alunos do Liceu Gil Eanes", de cerca de 1959, talvez Abílio Duarte (repare-se nos sinais debaixo do braço esquerdo do tocador de violão ou noutros, menos perceptíveis, em baixo à esquerda), talvez outro aparentado. Trata-se de um cartão identificativo da actividade de radioamador. Os dois sujeitos parecem estar junto a um vapor, tocando e cantando (um, mais dormindo), com bananas, grogue e até um veleiro feito de chifre para vender (fora o macóque...), para além de umas caixas de produto ignorado. Gente da baía, gente do mar, gente de diazá... gente, afinal, da Praia de Bote. 


quinta-feira, 24 de julho de 2014

[0978] Quem mente? Quem tira o seu a seu dono? Ou seja... quem foi o vigarista? E mais... onde está afinal este grupo de cabo-verdianos do início do século XX?

Santiago ou São Vicente? Sobre o assunto, ver também o nosso estimado colega "Arrozcatum", AQUI

Postal exibido no "Arrozcatum" (só frente)
Imagem de postal do arquivo do "Praia de Bote" (frente)
Verso do postal anterior

[0977] Amanhã, em Lisboa, lançamento de livro com propostas para a regionalização de Cabo Verde (com actualização)

Sai em Lisboa, o livro "Cabo Verde, os caminhos da regionalização"

É já amanhã, pelas 18h30, na Associação Cabo-Verdiana, Rua Duque de Palmela, nº 2, oitavo andar (junto ao Marquês de Pombal). 

Praia de Bote, como se impõe, estará presente e fará a cobertura fotográfica do evento.

A apresentação da obra, que estará a cargo do Dr. Arsénio de Pina, do Mestre Éder Marcos de Oliveira e do Professor José Fortes Lopes da Silva, será abrilhantada com música e poesia cabo-verdianas. Seguir-se-á um debate sobre essa candente problemática da actualidade política das ilhas.

Segundo o texto inserto na contracapa do livro a ser apresentado, o mesmo “resulta de uma série de artigos publicados nos últimos anos em diferentes jornais de Cabo Verde versando temas de interesse nacional, como a regionalização, o património e a língua. É um projecto de colaboração que envolve um grupo de amigos cabo-verdianos que resolveram dar o corpo e o espírito ao manifesto e contribuir para o despertar do activismo cívico e a revalorização da Democracia em Cabo Verde. Sem qualquer filiação político-partidária, os seus autores não têm outra motivação que não seja usar o seu direito de opinião no momento em que urge repensar o actual modelo político-administrativo de Cabo Verde, cientes de que só uma regionalização bem pensada logrará tirar o país do impasse em que se encontra o seu desenvolvimento”.