quinta-feira, 31 de agosto de 2017

[3143] De "Crioulo e outros poemas", de Manuel Lopes (Lisboa, 1964), dois poemas: "Cais" e "Crioulo"

Mais um livro de Manuel Lopes, com dedicatória ao jornalista, ensaísta e crítico literário Álvaro Salema - que só o abriu até à página 33 de 96... A este propósito, ver também post 3133, AQUI.

Ora sendo Manuel Lopes um dos clássicos da literatura cabo-verdiana e um dos nossos preferidos, aqui deixamos dois poemas deste interessantíssimo livro, mais a capa e a dedicatória.

Edição de autor, imagine-se como ele ficou brabo quando viu as gralhas que lá vêm... Ao ponto de colar uma tirinha de papel escrita à máquina no início do livro, com o aviso que abaixo se pode ver.




Cais
p. 9

Nunca parti deste cais
e tenho o mundo na mão!
Para mim nunca é demais
responder sim
cinquenta vezes a cada não.

Por cada barco que e negou
cinquenta partem por mim
e o mar é plano e o céu azul sempre que vou!

Mundo pequeno para quem ficou…



Crioulo
P. 55

Há em ti a chama que arde com inquietação
e o lume íntimo, escondido, dos restolhos
- que é o calor que tem mais duração.
A terra onde nasceste deu-te a coragem e a resignação.
Deu-te a fome nas estiagens dolorosas.
Deu-te a dor para que nela
sofrendo, fosses mais humano.
Deu-te a provar da sua taça o agri-doce da compreensão,
e a humildade que nasce do desengano…

E deu-te esta esperança desenganada
em cada um dos dias que virão
e esta alegria guardada
para a manhã esperada
em vão…

[3142] Acerca de textos alheios com pedido de publicação no Pd'B

Ver AQUI

[3141] Na sequência do post anterior, mais Sanjon de Porto Novo

Após ver o post anterior, o nosso amigo Zeca Soares mandou-nos um comentário e um programa das festas de Sanjon de Porto Novo, infelizmente em inglês mas como todos nós arranhamos língua de bifes, o problema não será grande na compreensão. Para ler melhor, faça download das seis imagens e leia o texto não aqui mas no seu computador, directamente.

Eis a mensagem do Zeca, ao qual agradecemos a colaboração (a que já nos habituou) e o comentário: 

Olá Djack, 

Na sequência do teu post de hoje 31 de Agosto sobre o lançamento do livro, lembrei-me deste folheto sobre as festas de Sanjon no Concelho do Porto Novo que é simplesmente "fascinante". Estou a adiar este peregrinação que acontece nesta altura desde a vila da Ribeira das Patas até ao Porto Novo. São 22 quilómetros de um rufar e colar que se farta. Arranja lá o teu programa para me fazeres companhia.
Abraço

 

[3140] Os tocadores de tambor de Porto Novo, em livro

A Livraria Pedro Cardoso lança “Os Tamboreiros da Ilha das Montanhas”, em Santo Antão

“Os Tamboreiros da Ilha das Montanhas” é a nova obra a ser dada à estampa pela Livraria Pedro Cardoso (LPC) amanhã, sexta-feira, 1 de Setembro, às 18h00, em Porto Novo - Aldeia Cultural Noz Raíz - Santo Antão. No dia 5, terça-feira, vai ser a vez de a cidade da Praia acolher a sua apresentação.

O livro, da autoria do cabo-verdiano Alcides Lopes, residente no Brasil, será apresentado em Santo Antão pelo músico Vasco Martins e na capital pelo Antropólogo Jeff Hesnney.

Fruto da pesquisa de Mestrado em Antropologia defendida em 2015, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a investigação tem como objecto de análise as festas do Colá Son Jon na cidade do Porto Novo. 

O autor analisa a actuação dos principais músicos da festa, os tamboreiros, e o lugar que estes têm na trajectória daquela que é considerada uma das maiores e mais intensas manifestações culturais de Cabo Verde e que tem passado por “transformações significativas”. E descreve os locais e os momentos da festa que acontece todos os anos, durante o mês de Junho.

Alcides Lopes, natural de Porto Novo, Santo Antão, licenciou-se em música pela UFPE, em 2006. Foi professor na escola de música Simbôa entre 2010 e 2011.

Também trabalhou na Casa da Música da Universidade de Cabo Verde, Uni-CV, entre 2011 e 2012. 

Em 2015, tornou-se mestre em Antropologia pela UFPE. 

Lopes conta com vários trabalhos publicados em revistas. Actualmente, é doutorando em Antropologia na UFPE.

Ângelo Semedo, jornalista 

Praia de Bote refez o texto para língua portuguesa pré-acordo 1990.

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

[3139] Relembrando, relembrando e relembrando

Já o dissemos e o redissemos mas ainda continuam a chegar textos ao Praia de Bote para publicação. E o que dissemos e redissemos, dizemos agora mais uma vez:


Praia de Bote não publicará nenhum texto alheio até ao final de 2017

No início de 2018 reveremos os seis meses anteriores, com a finalidade de sabermos se os que nos pedem para publicarmos os seus textos fizeram comentários suficientes nos posts que se foram aqui colocando que mereçam a "extensa, grande, alta, subida, elevada e suprema honra" de verem surgir trabalhos de sua autoria no melhor blogue da... Praia de Bote. É que isto aqui não é o da Joana. Quem quer publicar no Pd'B tem de o merecer, comentando os posts que vão surgindo (nem todos, obviamente, mas parte significativa). Só assim teremos uma verdadeira comunidade praiabotense. Ou será que ainda há gente com lata para pedir para lhe publicarmos textos sem ao mesmo tempo em troca participar com comentários? Percebido? Percebido mesmo? É que não voltaremos a falar deste assunto que já foi abordado duas vezes... Safaaaaaa!!! Para os que ainda não perceberam, deixamos os links que os farão perceber: AQUI e AQUI

terça-feira, 22 de agosto de 2017

[3137] Chove na Praia de Bote

Praia de Bote interrompe o seu silêncio forçado para informar todos os amigos cabo-verdianos que chove na ilha de São Vicente e logo... na Praia de Bote!

Ver AQUI

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

[3136] Mais uma paragem do Pd'B, por motivo de escrita

Estátua de Almeida Garret, por Barata Feyo (pormenor, foto Joaquim Saial)
De vez em quando, há que refrear a vontade de estar sempre a aviar posts nos Pd'B.

Encontramo-nos em plena escrita de mais um longo texto para a revista "Convocarte" da Faculdade de Belas Artes de Lisboa, desta feita sobre a lisboeta Avenida da Liberdade e as esculturas que lá estão e as que por ali passaram e não ficaram. 

Muito trabalhinho aí vem, pois. Mas os nossos amigos não precisam de se lamentar, pois o Pd'B tem um recheio de tal modo rico que dá para rever, rever e rever, comentar, comentar e comentar. Assim, até logo que possível... No regresso, teremos poemas do livro de Manuel Lopes "Crioulo e outros poemas" e mais uma "petite histoire"...

[3135] O documento de que se falou no post 3133

[3134] Lagarta do olho do milho: mais uma maldição para Cabo Verde!!!

[3133] Ah como são tão imensamente divertidas as "petites histoires" da literatura...


Álvaro Salema. Foto Wikipedia
O escritor é o nosso muito estimado Manuel Lopes, senhor de um dos mais significativos repositórios de ficção cabo-verdiana, homem da "Claridade", prosador, poeta, conferencista. Na realidade, um clássico das ilhas. Por motivos que não vêm agora ao caso, Lopes passa parte substancial da sua vida em Portugal. No momento desta "petite histoire", reside exactamente na Rua de Nossa Senhora do Egipto, 36 - R/C Esq., Oeiras. Estamos em 24 de Julho de 1959. E nesse dia, com o seu "Chuva Braba" saído há cerca de três anos (Prémio Fernão Mendes Pinto, 1956), resolve oferecer um exemplar ao crítico literário Álvaro Salema ("Diário de Lisboa", "A Capital", "Seara Nova", etc,) que só há-de falecer em 1991. Salema é jornalista e crítico brilhante e respeitado. E interessado pela literatura cabo-verdiana, disso não há dúvida, pela bibliografia que sobre o tema deixou. Mas a verdade é que durante os 32 anos em que o livro repousou nas suas estantes, conquistando depósito de pó e alguns picos de acidez, nunca o chegou a ler... porque ainda hoje está por abrir. Ah e o livrinho custava então 25$00, depois de ter antes valido 20. Como sabemos tudo isto? É que quem anda à "Chuva Braba" molha-se... Mostraremos em breve programa de propaganda que estava gatchóde dentro dele, com divulgação de "Poemas de quem ficou" (1949) e "Os meios pequenos e a cultura" (1951)... Pd'B, sempre com novidades... novas...

A casa de Manuel Lopes em Oeiras. O lado esquerdo, em baixo, do qual apenas vemos uma janela. 

[3132] "Chiquinho", sempre "Chiquinho", "Chiquinho" sempre! Texto de Manuel Cascais de Sá, de 1981

A edição de 1974 que serviu de base a este trabalho









terça-feira, 1 de agosto de 2017

[3131] Deste, até eu já me tinha esquecido

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NRP D. João de Castro - Foto Instituto Hidrográfico da Armada Portuguesa

[3130] O mnine d'teatre e os três Reis Magos (parece impossível, mas isto aconteceu diazá)


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Ulil ta ri... mnine budzóde!!!...
Cara d'malandrin d'Tchã d'Sumtér

[3129] Quando estiver em Nova Iorque, se não tiver nada para fazer (o que será difícil) e precisar de se lembrar de Cabo Verde, já sabe...

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[3128] Em Benavente (Portugal), há grandes livros...

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[3127] Outro mimo para os amigos (ver post anterior)

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[3126] Um mimo para os amigos...

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[3125] Um bibliografia muito incompleta... mas ainda assim... (depois de ver, no final da lista há uma palavrinha "more" para ver mais textos do dito)

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[3124] Naufrágio de fragata espanhola na Boavista em 1856, seguido de roubo de armas. A mesma notícia num outro jornal espanhol, de antigo post do Pd'B

A fragata espanhola San Andrés perdeu-se na Boavista, em 1856. Por sorte, salvou-se toda a tripulação e também os passageiros. Mas a população local fez-se às belíssimas carabinas Minié (ver AQUI) que iam armar as tropas espanholas nas Filipinas. Algum boavisteiro ainda terá alguma lá em casa, herdada de familiares de antanho? Já tínhamos feito um post acerca deste assunto (depois de o termos conhecido em "La Iberia", de Madrid, de 12 de Setembro), mas agora descobrimo-lo de novo igualzinho em "La Nacion" (do dia seguinte), pelo que decidimos fazer reprise do mesmo. Ver o AQUI no final.



Ver AQUI

[3123] Até uma Praceta de Cabo Verde em Palmela (ver posts anteriores sobre o mesmo tema)

Nõ resistimos e aqui vai ainda uma Praceta de Cabo Verde... em Palmela...

[3122] Voluntariado americano: despôs d'trabói um catchupa, em vez d'hot dog?

[3121] Ruas de Cabo Verde (em Portugal) há muitas

Mostrámos em posts anteriores várias ruas de Cabo Verde em Portugal. Mas não todas, como por exemplo a característica de Lisboa, a sem saída e em L do Porto ou a longa e marítima Avenida de Cabo Verde em Viana do Castelo. Fica, para terminar, a da Quinta do Conde, Sesimbra (com a placa toponímica àquela altura, imaginamos quantos catchor já ali fizeram o seu trabalhino urinário...). Quem quiser saber mais (como os 26 "observadores" que de Cabo Verde vieram nas últimas 24 horas ao Praia de Bote), que vá ao Google Maps, como nós fomos...