quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

[4711] "O cofre de palavras" um conto infantil de Maria Helena Sato, poetisa e escritora cabo-verdiana no Brasil

Maria Helena Sato

[4710] A notícia em Cabo Verde (TCV) da morte e funeral de Teresa Lopes da Silva (ver posts anteriores)

[4709] "Lamento", por Teresa Lopes da Silva (ver post 4705)

[4708] "Comadre Quiterinha", por Teresa Lopes da Silva (ver post 4705)

[4707] "Mari D'Cenção", por Teresa Lopes da Silva (ver post 4705)

[4706] "Tracolança", por Teresa Lopes da Silva (ver post 4705)

[4705] Mais uma morte a lamentar na cultura de Cabo Verde. Faleceu Teresa Lopes da Silva, viúva de nhô Balta

2020, ano a todos os títulos maldito. Faleceu mais uma personalidade da cultura cabo-verdiana, num rol que já levou só neste mês algumas das mais significativas. Foi agora a vez de Teresa Lopes da Silva, viúva do advogado, professor e escritor Baltasar Lopes. É toda uma espécie de ínclita geração que vai acabando aos poucos. Dia de tristeza para as ilhas, nomeadamente Santo Antão e São Vicente.

Dela nos ficou uma dedicatória e um autógrafo, na edição catalã de "Chiquinho": Edicions La Campana, Barcelona. 2003. O livro foi oferecido ao Dr. Celso Celestino que por sua vez no-lo ofereceu com nova e muito simpática dedicatória. Foi este o segundo exemplar que tivemos, dos 14 que até agora chegaram ali às prateleiras da estante da nossa biblioteca cabo-verdiana. Uma boa memória de ambos, neste triste dia de final de 2020.

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segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

[4704] Um poema inédito de Carlota de Barros dedicado à saudosa Celina Pereira (ver post 4690)

No rescaldo da recente morte da cantora boavistense Celina Pereira, a poetisa Carlota de Barros (natural do Fogo) escreveu este poema que simpaticamente nos enviou e que temos o prazer de reproduzir no Pd'B. Ver AQUI post 4690.


ADEUS CELINA


Gerado na saudade

meu pensamento hoje

tece em silêncio palavras

bordadas a prata e 

cerzidas de ternos sorrisos

para me despedir de ti  Celina

minha eterna Diva.


Que melancolia fininha esta

que flui em tristes sorrisos

e adormece no meu poema 

onde ouço a tua voz cristalina 

cantar-me Avé-Maria do Morro 

e Força de Cretcheu 

onde antes foste música 

no Palácio de brilhos 

entre luzes, espelhos

e tantas vozes amigas

para o meu Sonhu Sunhado ?


Efémera é a vida   Celina 

mas os instantes que juntas vivemos

foram eternos para te recordar hoje

com o pensamento gerado 

nesta saudade que tanto me entristece

e que tento fazer dela música  só música

para te dizer um adeus como sempre te vi

entre a alegria do canto e a vibração 

de um violão ou as fantasias das teclas 

de um piano mágico.


Adeus Celina.

Viverás sempre alegremente onde houver

etéreos pianos   violas  vilões ou violinos

e crianças seguindo-te de olhos deslumbrados

entre contos fascinantes e trinados cativantes.


Onde houver música e crianças ver-te-ei sempre

minha eterna Diva de Avé-Maria do Morro

nas tuas longas vestes africanas 

de olhos verdes luminosos

enviando beijos crioulos 

aos teus amigos mais amigos.


Adeus Celina   

minha eterna Diva de Força de Cretcheu.


Carlota de Barros

Lisboa, 18 de Dezembro de 2020

[4703] Turismo, de volta a Cabo Verde

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[4702] O "outro" Adriano Lima (que não o Adriano Miranda Lima), muito interessante artigo de César Monteiro

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César Monteiro

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

[4696] Morreu esta madrugada na sua ilha o antropólogo cabo-verdiano e figura de alta cultura Moacyr Rodrigues, mindelense e são-vicentino

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Moacyr Rodrigues, figura de intelectual à antiga (e isto é um elogio), finou-se esta madrugada. "Mnine de Soncente", filho de famoso piloto da Capitania dos Portos e irmão de Titina, grande voz cabo-verdiana de sempre, ficará para a história das ilhas, entre outros motivos, por ter sido um dos valorosos obreiros da elevação da morna a Património da Humanidade (outra, foi Celina Pereira, desaparecida há dias).

Conheci-o exactamente no dia 28 de Julho de 1999. Andava eu a deambular pelo Mindelo em busca de um exemplar de "Chiquinho", de Baltasar Lopes (nessa altura ainda não tinha nenhum), sem conseguir encontrar um único nas limitadas papelarias que então ali havia. Em desespero de causa, comecei a pensar adquiri-lo em segunda mão a alguém que dele quisesse prescindir, quando me disseram que o Moa editara em 1997 a obra através da sua editora Calabedotche. Conseguido o número de telefone, contactei-o e marcámos encontro no Centro Cultural do Mindelo (Antiga Alfândega), onde estivemos uma tarde inteira à conversa (lembro-me como se fosse agora, vê-lo apontar para uma porta e dizer "Ali era um dos locais de trabalho do Jorge Barbosa"), tendo-me ele levado o ambicionado livro que me ofereceu, autografou e no qual escreveu simpática dedicatória. 

Encontrámo-nos ainda noutra ida a São Vicente e algumas vezes em Lisboa. Sujeito de grande cultura e sabedoria, fazia-me "manha" pelo conhecimento que tinha das coisas do Mindelo, nossa terra comum, dele por nascimento, minha por adopção. Morreu mais uma grande figura das ilhas, neste mês aziago que tem levado do nosso convívio tanta gente de valor, na área da cultura cabo-verdiana. Ficam os seus livros e poderá ficar o seu nome a baptizar o Centro Cultural do Mindelo. A ideia é do meu amigo salense Ildo Fortes e aqui a deixo com a paternidade que se impõe.


sábado, 19 de dezembro de 2020

[4691] A 3 de Dezembro, faleceu nos EUA Teobaldo Virgínio, o escritor de Santo Antão

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Só agora nos chegou a notícia de mais uma desaparição no mundo das letras cabo-verdianas. Prosador e poeta nascido na ilha de Santo Antão e com obra significativa alicerçada nela, Teobaldo Virgínio deixa um enorme vazio.

Na nossa biblioteca cabo-verdiana existem três livros deste autor, um deles chegado há dias, "Distância", de 1963. Os outros dois são "Beira do Cais" (contos, também de 1963) e "Folhas de Vida" (poesia, 2010, autografado por Teobaldo e oferta de um amigo da ilha). Deste, reproduz-se o poema "Cais".




CAIS

Maré que parte,

maré que chega


Vai e vem de mar,

na praia que rola


Rola, rola e rala,

moinho que não é vento


Vai e vem de corrente

na argola do cais

domingo, 13 de dezembro de 2020

[4682] Um futuro Museu da Emigração de Cabo Verde

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[4681] "Tartaruga de Ouro 2020" do blogue Praia de Bote atribuída a José de Brito

Foto "Correio da Manhã"

José de Brito salvou um português da morte e ao mesmo tempo contribuiu para a elevação do bom nome dos cabo-verdianos em Portugal. Merece sem dúvida a "Tartaruga de Ouro 2020" do blogue "Praia de Bote", neste ano de 2020. Honra lhe seja feita.




[4680] Um homem que fez o que devia ser feito

Perguntou-lhe um jornalista do "Correio da Manhã" se ele se considerava um herói. A resposta, foi que tinha feito o que devia ser feito e que se não o fizesse ficaria para sempre de mal com a sua consciência. O homem chama-se José de Brito. De início, não se sabia de onde era natural mas assim que o ouvimos falar, com aquele sotaque e aquele apelido, achámos que não "enganava" ninguém. E de facto confirma-se, é um patrício nosso, já está desvendada a sua origem. Quanto ao resto, é uma PESSOA. Presidente da República de Portugal já o felicitou.

De pescador em Cabo Verde a herói em Portugal: José Brito salvou homem de morrer afogado no rio Tejo em Lisboa

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Foto "Correio da Manhã"


terça-feira, 1 de dezembro de 2020