segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

[1969] Logo no n.º 1 do "Diário de Notícias", em 29.12.1864, aparecem as duas palavrinhas: Cabo Verde

O jornal é um mimo e vai ser oferecido em modelo integral de quatro amarelecidas páginas aos nossos colaboradores militantes. Quem está sempre de serviço, merece... Quanto ao resto, desculpem mas vou parar um pouco o Pd'B porque quero concorrer ao lugar de director da alfândega da Boavista e é preciso ter muita concentração no preenchimento dos impressos em papel almaço azul de 25 linhas, para não meter água...


[1968] Sporting "da" Praia envia ao Pd'B programa do Presidente do Sporting "na" Praia

NOTA DE IMPRENSA
Assunto: Programa da visita do Dr. Bruno de Carvalho a Cabo Verde


Exmos. Srs. Jornalistas,

Junto enviamos o programa da visita do Dr. Bruno de Carvalho a Cabo Verde.
Reservámos 1 hora na agenda, durante a qual os senhores jornalistas poderão fazer entrevistas ao Dr. Bruno de Carvalho, no dia 3 de Março (quinta-feira) na entrada do Palácio do Governo, entre as 10h30 e as 11h30, no intervalo das visitas ao Sr. Primeiro-Ministro e o Sr. Presidente da República.

Terça-feira - 01 Março:
18:25 – Acolhimento no aeroporto e instalação no Hotel Praia Mar.
20:30 – Jantar de boas-vindas com a Direcção e Conselho Leonino do SC Praia, no Hotel Praiamar.

Quarta-feira - 02 de Março:
10:00 – Visita à Embaixada de Portugal
11:00 – Visita ao Presidente da Câmara Municipal da Praia
12:30 – Almoço (com Director Geral de Desporto e Presidente da ARFSS)
15:00 – Visita à Ministra de Desporto
15:30 – Visita ao Estádio Nacional
17:00 – Inauguração das Escolas Academia Sporting - EAS da Praia, no Centro de Estágios da FCF, com Assinatura de Protocolo entre os dois clubes
20:30 – Jantar/convívio com os Sportinguistas no Hotel Praiamar

Quinta-Feira - 03 de Março:
10:00 – Visita a Sua Excia. Sr. Primeiro-Ministro
10:30 – Entrevistas à Comunicação Social
11:30 – Visita a Sua Excia Sr. Presidente da República
12:30 – Almoço (FCF)
16:00 – Visita à sede e à Loja Verde do Sporting Clube da Praia
16:30 – Inauguração da Rua do Sporting e do Largo do Sporting.
17:00 – Cocktail na Esplanada “Ponto Verde”
23:00 – Regresso a Lisboa

Para algum esclarecimento adicional, não hesitem em contactar-nos.
Sem mais, agradecemos desde já a vossa presença e cobertura jornalística.

Os nossos cumprimentos,
O Sporting Clube da Praia

[1967] Novo texto de José Fortes Lopes: "Crónica dos tempos da desilusão" (I)

Ver AQUI

[1966] "Estudos sobre Cabo Verde", de José Maria de Sousa Monteiro, public. em "A Epoca", n.º 12, 1848 (1)

José Maria de Sousa Monteiro
O texto é longuíssimo, o que não se coaduna com a filosofia bloguista, de ideário preferencialmente curto. Mas tem valor documental e por isso aqui há-de ir sendo posto, paulatinamente, pedaço a pedaço. Ainda por cima, é extremamente trabalhoso de reproduzir. Saca-se de um pdf, lança-se no bloco de notas para normalizar e depois ainda tem de se emendar palavras que saem mal reproduzidas. Trabói, trabói e más trabói. Mas muito compensador... como verão. A etiqueta será "Estudos sobre Cabo Verde", pelo que à medida que os excertos forem sendo reproduzidos será mais fácil ir à caça dos anteriores.

Quanto ao autor, José Maria de Sousa Monteiro, as informações divergem. No site Geneall, é dado como nascido na Praia, em 20.08.1846 e falecido em Lisboa a 12.10.1909 (ver AQUI). Já na Politpedia (ver AQUI) as datas de nascimento e morte são 1810 e 1881. Ali se diz também que o homem era advogado, jornalista e maçom. E que foi comerciante no Rio de Janeiro e secretário-geral do Governo de Cabo Verde.


ESTUDOS SOBRE CABO VERDE
por José Maria de Sousa Monteiro

Declaração. = Noticia do paiz. = Os pretos, canarins e mestiços. = Abastamento. = O cuscús e a batanga. = Modo de vestir. = Festas e casamentos. = Feiticeira tá come minino. Os enterros, e o gongó. = Os flagellantes, e o nojo. = O jague. = Medicos pela graça de Deus. = Modo de matar as bexigas com o doente. = Notas.

Cedendo aos desejos de alguns amigos vou narrar com singeleza o que vi nas Ilhas de Cabo Verde em perto de sete annos de residencia que alli fiz: os costumes deste povo, cuja existencia parece que apenas data de hontem pelo seu atraso, ao mesmo tempo que parece anti-diluviana pelas ruinas que alastram o chão em que habita; o seu dialecto, as leis porque se rege, a historia de seu clero e estabelecimentos ecclesiasticos, a sua instrucção, agricultura, industria, commercio, população, e rendimentos publicos tudo achará logar nos meus estudos; que outro nome não merece a serie de artigos que a tal objecto pretendo dedicar.

Não se julgue que presumo tanto de mim, e dos conhecimentos especiaes que pude adquirir pela posição quc occupei naquella Provincia, que me apresente para corrigir o que antes de mim disseram outras pessoas, principalmente nestes ultimos annos. Eu nao escrevo uma historia do Archipelago de Cabo Verde, apenas dou conta de minhas impressões; procurei ser exacto, não sahir nunca da verdade, mas não entendo refutar escriptos, e ainda menos desmentir alguem: escrevo sobre o que vi, e nada mais. 

Isto dito, entro em materia.

O aspecto exterior destas Ilhas é, fóra do tempo das agoas, o da esterilidade personalisada - montes escalvados, encostas d'um vermelho torrado, e praias d'uma aridez desoladora, já negras corno simonte, já brancas como a cal virgem. Porém, durante as aguas é mui outro: a vegetação luxuosa destas encostas e destes montes, ainda ha poucos mezes tão melancolicos por sua nudez, denuncia uma feracidade que as mais das vezes não é senão uma outra illusão.

Quem vir estas Ilhas pelo seu lado externo desde Dezembro até Julho ha-de suppôr que a fome. estabeleceu alli o seu imperio; quem, pelo contrario as vir de Agosto até Novembro ha-de presumir que ha uma superabundancia tal de riquezas agrícolas. que não é possivel que jamais se possa alli sentir, não direi ja fome, mas nem ao menos carestia.

O interior, porém, não corresponde á idéa que o seu exterior fez nascer. O viajante, que no tempo das agoas, costear a Ilha do Sal, e Boa Vista, ou S. Vicente, ou a do Maio, ha-de com razão presumir que os habitantes destas Ilhas nadam na abundancia, ao passo que elles não tem o restricto necessario, e carecem - as duas primeiras, dos auxílios da de S. Nicolau, a terceira dos da de Santo Antão, e a quarta da sua visinha de Santiago: mas se esse, ou qualquer outro, costear no tempo secco as Ilhas de Santiago, Fogo, Brava, Santo Antão, ou S. Nicolau ha-de suppôr que a fome devasta os seus habitantes, ao proprio tempo que elles tem não só o necessario, mas ainda o superfluo, que vendem para as outras Ilhas e para fora da Provincia.

Assegurai a estas Ilhas que o seu chão será fertiIisado pelas chuvas das trovoadas da Costa, e nada vos pedirão seus habitadores; mas algumas vezes acontece que as chuvas faltam em todas as Ilhas e então ha uma fome geral no archipelago, o que succede em periodos quasi regulares de 16 a 20 annos; outras vozes faltam já n'uma, ja n'outras Ilhas, e da-se então a fome parcial, em maior ou menor escala: isto tem logar quasi todos os annos. Tambem acontece de vez em quando, que uma superabundancia de agoas produz fome , como a falta dellas, pela destruição da sementeira.

Estas Ilhas foram povoadas pelas familias dos primeiros portuguezes que alli se estabeleceram, por casaes de pretos que ellas mandaram vir da Costa visinha, e por degradados que se estabeleceram na terra, e alli casaram: o cruzamento das raças deu, com o andar dos tempos, nascimento aos tres typos que hoje alli se encontram, deixando de parte os mestiços filhos de branco e preto até á segunda ou terceira geração Alguns destes mestiços, porém, principalmente na Ilha Brava tem côr rosada, e feições agradaveis como  os brancos, e por taes pretendem passar; mas em geral tem pannos pelo corpo, que repugnam á vista. (continua)


[1965] Ceuzany - "Mariana"

[1964] Elida Almeida - "Joana"

[1963] Elida Almeida e Ceuzany, sucesso no Luxemburgo

Ver AQUI

[1962] Quem ta dvê, ca ta pdê voá

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[1961] Sede do terceiro maior partido de Cabo Verde assaltada e vandalizada

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domingo, 28 de fevereiro de 2016

[1960] Nem todos os conselho de guerra acabam em fuzilamento...

Revista Universal Lisbonense, 1844

Annaes Marítimos e Coloniaes, 1844

[1959] D. Pedro II já ex-imperador do Brasil, passa por São Vicente, a caminho de Lisboa (e da Europa)

É curioso que o imperador deposto tenha posto pé em terra pela primeira vez depois de sair do seu país em solo sob administração portuguesa: São Vicente de Cabo Verde. Porém, ao contrário do que a notícia do "Aurora Hawaiiana" de 14.12.1889 parece dizer, o golpe que implantou a república no Brasil teve data de 15 de Novembro e no dia seguinte o imperador recebeu ordem de abandonar as paragens de Vera Cruz em 24 horas. Pelo que já não era novidade o que estava a acontecer na sua pátria para aquele que ainda hoje os brasileiros adoram como grande estadista e pai na Nação. Chegaria a Lisboa a 7 de Dezembro. Morreu a 5 de Dezembro de 1891.


O vapor "Alagoas" em que o ex-imperador D. Pedro II passou por São Vicente, à chegada a Lisboa


[1958] Como o Pd'B não é só história e música, tomem lá ciência... de Cabo Verde

[1957] Azeredo Perdigão esteve lá e eu também lá estava...

Fevereiro.1965
A sessão são-vicentina foi no salão à direita da entrada principal do Liceu Gil Eanes, onde durante algum tempo foi sala de música e consequente território de Ti Reis... Ja tínhamos falado deste assunto que poderá...
...ver também AQUI
Eis o "Damão", ao centro da imagem, nos seus tempos áureos. O navio ainda existe ou pelo menos ainda existia, há bem pouco tempo.

[1956] Brrrrrrrrrrrrrrrrrrrr, tonte frio na Soncente!!!

[1955] BANNNG, BANNNG, CABUMMMM, pêxe já bai!!!

[1954] Embora com um som péssimo, vale a pena ver e ouvir "Mindelo do Novas"

[1953] Capitão sem coração e caloteiro...

Que terá havido? Porque terão o Ricardo e o Armando sido abandonados em Huelva, sem pagamento pelo seu trabalho? Terão eles feito alguma malandrice ou ter á sido o capitão o patife? A coisa teve lugar em Janeiro de 1952. E mais não sabemos... 


sábado, 27 de fevereiro de 2016

[1952] Ora toma lá 1000 contos e desenrasca-te...

O governador era o tenente-coronel Alves Roçadas, tinha havido estragos nas ilhas, o homem pediu ajuda e atiraram-lhe 1000 contos. Isto, em finais de Novembro de 1951. É o que diz o "Diário de Lisboa". Não  o refere a notícia mas é claro que se trata dos problemas causados pela erupção do vulcão do Fogo nesse ano. E o resto são cantigas...


[1951] Uma rua desconhecida do Mindelo

O postal não indica o nome da artéria e Praia de Bote também o desconhece. Quem saberá desvendar o mistério?


[1950] Sapadores Bombeiros portugueses doam material de protecção aos seus camaradas da Praia

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[1949] Rede de Cidades Educadoras de Cabo Verde

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[1948] Tudo (ou quase tudo) sobre o recente VI Encontro de Escritores de Língua Portuguesa em Cabo Verde

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

[1943] Mais um professor para o Liceu Gil Eanes... em Setembro de 1951

O administrador do Praia de Bote pensava que já tinha fechado a loja por hoje mas ainda lhe surgiu mais este mimo durante a contínua pesquisa que faz, agora à volta dos anos 50 do século XX (sobre diversas temáticas, entre as quais, obviamente, Cabo Verde). E percebeu que a população estudantil... do Gil... estava a aumentar. Pelo que Lisboa decidiu enviar mais um prof., não sabemos de que disciplina, para a cidade do Mindelo. Sorte a dele... ou dela... 

"Diário de Lisboa", 14.Setembro.1951

[1942] E depois das plantas e das aves, a terceira das belas séries desse ano de 1994: a dos navios

Falta aqui a moeda da tartaruga (1$00), comum às três séries de 1994. E depois deste longo dia de grande trabalho no Praia de Bote (10 posts, ufffaaaa!!!...), comentem, comentem e comentem, enquanto o administrador está de férias na Baía das Gatas - ma longe de tubaron. Não chateiem, sim? É que ele encontra-se a comer uma bela lagostinha grelhada cumpanhód d'manécon d'Tchã d'Caldera e não quer companhia, ahahahaha.






[1941] Más dnhêr, ess li aér


[1940] Pa quês q'ta ta conchê dnhêr d'sê terra...



[1939] Línguas de vaca, há muitas... (ver post anterior e post 1935)

A planta
Línguas de vaca bicho-animal-vacum-bovino há muitas, tantas quantas vacas há no mundo, excepto alguma que ficou sem ela ainda em vida (e já não estamos a incluir as dos esposos, os bois, também detentores desse apetrecho intra-dentuça). 

Mas, para além desta, há a língua de vaca, planta, de muitas propriedades que AQUI se podem ler/ver.

Cabo Verde inventou mais uma, a "moeda língua de vaca", de 10$00, da série plantas (existentes nas ilhas), de 1994: a "contra-bruxas" (5$00), a língua de vaca (10$00), de nome latino echium stenosiphon webb existente sobretudo nas ilhas-irmãs de Santo Antão, São Vicente e São Nicolau, a carqueja (20$00), a macelina (50$00) e o saião (100$00).

Os nossos amigos Val e Zito, grande gourmets, embandeiraram em arco e pensaram logo no mau petisco (Val) e delicioso petisco (Zito), provando que não há "dôs cabeça mindelense ingual". Mas de facto tratava-se apenas de aguçar a curiosidade para a moedinha que tenho em versão usada e versão não usada (troco ambas por uma cachupa por mês durante os próximos 30 anos), ahahahaha


[1938] Ver post 1935


[1937] Mais um remate de José Fortes Lopes... com golo!

Ver AQUI

[1936] Arroz pa tude munde, made in Japon

Ver AQUI

[1935] Quem q'rê, quem q'rê?


[1934] Bsot suspirá d'sodade...


[1933] Era um vez Shell que dava trabói p'um ctchada de gente