sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017
[2886] A "morte" de ABC Corantes e o "nascimento" de Corsino Fortes (ver post anterior)
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017
[2885] Revisitando Corsino Fortes
Um grande e saborosíssimo texto da revista "Nós Genti", do último Agosto, sobre o poeta mindelense da "Cabeça Calva de Deus", recentemente desaparecido.
Pedimos a atenção dos nossos leitores para o excerto que destacamos agora e que amanhã ilustraremos com material genuíno (isto é, "mesmo" original).
Pedimos a atenção dos nossos leitores para o excerto que destacamos agora e que amanhã ilustraremos com material genuíno (isto é, "mesmo" original).
Ver AQUI
terça-feira, 21 de fevereiro de 2017
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017
[2879] Primeiro estudo sobre arte pública da época colonial em Cabo Verde, a ser publicado em breve na revista da Faculdade de Belas Artes de Lisboa (já em fase de revisão de texto)
Longo assunto de 19 páginas, com ilustrações a cores e muitas anotações e indicação bibliográfica, é primeiro passo para o estudo desta área da escultura em Cabo Verde. Até aqui, fora motivo de diversas palestras nossas não escritas. Agora, ei-lo finalmente passado ao papel, em letra de forma. E foi um gosto escrevê-lo!...
[2878] "caretta caretta", das Canárias mas também de Cabo Verde
World Press Foto 2017, categoria "Natureza", prémio ganho por esta fotografia de Francis Pérez (também em foto) feita a 8 de Junho de 2016 em Tenerife, Canárias. O horror transmitido pela excelente imagem, mais que documental, dispensa comentários. Até porque o título diz tudo: "Caretta caretta trapped"...
domingo, 19 de fevereiro de 2017
[2876] Cidade do Mindelo, declarada epicentro da economia marítima de Cabo Verde
Palmas, foguetes e apitos! Talvez o princípio do fim do desprezo a que a ilha de São Vicente tem sido votada nas últimas décadas. Que as promessas não falhem, que os políticos as cumpram e que o progresso venha! Assim seja, tenhamos fé!!!
Ver AQUI
Foto Filipe Conceição Silva |
sábado, 18 de fevereiro de 2017
[2875] Um mistério para resolver, em sábado de ressaca de falta do Zito: o caso do desconhecido admirador do Pd'B, José Luís Fonseca Soares de Carvalho
Como alguns sabem, para um blogue funcionar (e ser criado) tem de haver um endereço de email associado. No nosso caso, é o mindelosempre@gmail.com.
Por outro lado, abaixo de cada post está uma indicação antecedida de um G+ +1 que podemos ver neste exemplo que retirei do último colocado. Serve isso para que quem gosta desse post possa demonstrá-lo, clicando ali, à semelhança do que sucede no Facebook com os "like".
Ora o administrador do blogue pode saber quem faz isso, clicando no email do blogue num botão que diz "Notificações", aquele com um sino que vemos na imagem abaixo.
Acontece que vou acompanhando a situação, por curiosidade, confirmando que essas pessoas nunca participam no blogue de outra maneira. Até há pouco, havia uma senhora (de nome luso, português, brasileiro ou cabo-verdiano...) que o fazia. Agora, é um nosso desconhecido amigo José Luís Fonseca Soares de Carvalho. Não há praticamente post em que este admirador do Praia de Bote não ponha o +1, mas nunca chegou à fala connosco. Pelo que vasculhei, sei que é cabo-verdiano e que vive em França ou num país francófono (isso não cheguei a perceber exactamente).
Para rematar, e sabendo que ele decerto verá este post, começo por lhe agradecer a simpatia e a persistência da vinda militante ao Pd'B. Remato, com o convite para que seja mais um de nós e venha por aqui dar os seus palpites, as suas opiniões, trazer a sua sabedoria sobre Cabo Verde e participar neste blogue que pelos vistos também lhe pertence. Um abraço e ficamos todas à sua espera.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017
[2871] Mornas de Cabo Verde, por Zito Azevedo. Luxo em forma de som
Aqui está de novo, e pela vez terceira, a bela voz "coimbrã" do Zito, atacando mornas com luxo que arrepia a pele, de emoção. Um talento desperdiçado que poderia ter dado muitos mais momentos de verdadeira cabo-verdianidade. Mas as coisas são o que são e este conjunto de músicas, embora curto, só por si já demonstra a alta qualidade desta voz da rádio que ouviremos sempre com prazer.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017
[2868] Zito Parti!
Sempre fui dado a arranjar combinações de letras com palavras, a partir de matrículas de automóveis. É um passatempo como outro qualquer, nomeadamente em viagem, quando nada mais há a fazer que conduzir. Vi agora a matrícula do carro funerário em que o nosso amigo viajou pela última vez e não consegui deixar de fazer (em crioulo, mas também possível em português) a associação com que intitulo o post.
[2867] Aí está! Zito Azevedo volta a Cabo Verde e com foto do Praia de Bote (não é dito, mas não faz mal)
A foto, feita em Lisboa, no Largo de São Domingos, a 11 de Julho de 2016, é já muito conhecida dos frequentadores do Praia de Bote e retrata o nosso homem como ele era, perto dos seus últimos dias. Uma honra para nós, na verdade. Quanto ao artigo, está como deve ser: Bom! Estamos pois todos de parabéns, incluindo o Manuel Brito-Semedo que nos enviou o "Expresso das Ilhas" onde está o interessante e ilustrativo texto de Carlos Filipe Gonçalves. Mais uma vez e sempre: ZITO MORRÊ, VIVA ZITO! Aqui não se consegue ler, mas enviá-lo-emos com todo o gosto a quem o peça (no entanto, ver post 2864, onde o texto está transcrito).
terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
[2865] Zito, o grande orador
[2864] Um texto de Carlos Filipe Gonçalves, para o "Expresso das Ilhas", sobre Zito Azevedo
Zito Azevedo: Pioneiro da rádio, cantor de bela voz, homem do desporto
Carlos Filipe Gonçalves - Foto Esquina do Tempo |
Na véspera do dia mundial da rádio 12 de Fevereiro de 2017, Zito Azevedo, uma referência na história da rádio cabo-verdiana deixou o mundo dos vivos. O famoso locutor e produtor da Rádio Clube Mindelo e Rádio Barlavento calou-se para sempre. A notícia da sua morte desencadeou nas redes sociais, centenas de comentários evocativos e lembranças daqueles que o conheceram, ouviram os seus programas radiofónicos, o viram arbitrar no Estádio da Fontinha em Mindelo ou o ouviram cantar, porque ele um grande cantor de bela voz, que interpretava fielmente a mornas da Ilha Brava. No entanto, no dia seguinte, dia mundial da rádio (13 de Fevereiro) de entre a catadupa de programas evocativos da efeméride, nenhuma referencia ao desaparecimento deste personagem, um pioneiro da rádio que foi contemporâneo de Evandro de Matos, Telmo Vieira e tantos outros a quem devemos o que a rádio é hoje: um meio de comunicação com história e tradição! A eles, todos nós os mais antigos, Carlos Gonçalves António Pedro Rocha, Fernando Carrilho, Santos Nascimento, Carlos Afonso, John Matos entre outros, devemos o que somos hoje…
Neste dia mundial da rádio, muitos outros pioneiros, para não dizer todos, não foram lembrados, mas não se trata de esquecimento; trata-se sim de uma cultura que se instalou entre nós que não valoriza, nem assume o passado, como exemplo para o presente e projecção do futuro. Para que fique um marco, uma evocação, para os jovens profissionais de hoje e de amanhã, passo a apresentar uma resenha biográfica deste grande homem:
Foi um personagem que marcou a rádio em Cabo Verde nos anos 1950/60 até inícios dos anos 1970. Para além de locutor de bela voz clara e perfeita dicção, era um grande animador de programas em directo, produtor/apresentador dos célebres programas Revista Sonora e Onda do Desporto na Rádio Barlavento. Também foi um afamado apresentador de espectáculos, tendo ficado nos anais, a apresentação que ele fez do primeiro concerto do conjunto Voz de Cabo Verde em Janeiro de 1968 no Éden Park e claro os concertos realizados nos anos seguintes.
O seu nome completo José Manuel Faria de Azevedo, nasceu em Leiria, Portugal, em 1 de Junho de 1934. Chegou a Cabo Verde em 1943, onde passou a viver com os pais em Mindelo, Ilha de S. Vicente; recém-chegado prosseguiu os estudos, a partir da 3ª classe na Escola Camões e depois no Liceu Gil Eanes (Mindelo) do 1.º ao 5.º e 6.º no Liceu Alexandre Herculano, Porto, Portugal. O pai era proprietário da Ourivesaria Azevedo na rua do mercado que vai para a Câmara Municipal. Hoje já não existe. Cresceu portanto na cidade do Mindelo, onde estudou, se fez homem e onde viveu até meados dos anos 1970. Era casado com uma crioula da Brava, os seus filhos nasceram em Cabo Verde. Zito era pois um “menino de São Cente” na plenitude, que vicissitudes da «revolução» obrigaram a ir viver em Portugal, terra que o viu nascer, mas onde sofreu até o final da vida as saudades da Rua de Lisboa ou do Porto Grande que o viram crescer. O seu amor por S. Cent está vista no seu blog Arrozcatum que manteve desde 2008, onde publicou até o passado dia 22 de Janeiro o 10.009.º post intitulado “A ameaça…” numa referência aos tempos sombrios que poderão estar para vir! Na maioria destas publicações no ciberespaço defendeu causas e deu asas ao seu imenso manancial de saber nas mais diversas áreas! Vale a pena deixar aqui aos leitores o 10.008.º post, intitulado «Regresso» (leia-se, do hospital): “Exactamente trinta dias depois, regressei ao meu cantinho... Está tudo como devia estar, já o locatário, como se sabe, está bem diferente, infelizmente, para pior... Mas, como creio já ter escrito algures, posso ser, agora, fisicamente incapacitado mas continuarei a lutar para ser mentalmente activo...” Que força de vontade, que coragem! Quem diria que poucas semanas depois já não estaria entre nós?
Sobre a sua vida profissional é o próprio Zito Azevedo quem a conta: “Fiz Rádio pela primeira vez aos 15 anos, no programa «As Lições do Xiquinho» com Henrique de Albuquerque na Rádio Clube Mindelo (1950) onde vim a ser locutor, produtor, realizador.” Na rádio da Rua de Lisboa, produzi e apresentei diversos programas: Histórias da Nossa História, Outras Terras Outras Gentes, Rádio-Cinema). Cheguei a Director de Programação!..” Exclama e passa a descrever a sua vida de cantor: “Em 1969, acompanhado do conjunto de Marino Silva gravei cinco mornas na antiga Emissora Nacional, para o programa Ouvindo as Estrelas. (Tenho cópias melhoradas desta gravação)! Com Os Centauros (conjunto) gravei um disco de mornas, editado pela Casa do Leão e outras aparições em público inclusive acompanhado pela Voz de Cabo Verde.”
Foi na época, produtor de rádio independente com a sua empresa Produções Onda, conforme explica: “realizei e produzi para a Rádio Barlavento “Onda do Desporto” e “Revista Sonora”... De sociedade com Abílio Alves e Abel Pires Ferreira, fiz a produção e realização de uma emissão de rádio independente, (na Rádio Barlavento) das 22 às 24 horas – “Encontro às Dez” – Musica, publicidade, animação concursos interactivos... Também era noticiarista (três vezes por semana)! Orientei as primeiras emissões de Frequência Modulada da Rádio Barlavento...”
Estas declarações, foram por ele enviadas por email em 2012 para eu poder fazer uma curta biografia, para o livro em que estou a trabalhar “Kab Verd Band AZ”. Não satisfeito solicito mais informações e ele responde: “As Produções Onda foi uma produtora de rádio (julgo que a primeira) e era de minha propriedade: eu produzia, realizava, montava e gravava tudo em estúdio que tinha em minha casa, onde era produzida também a publicidade para o Encontro às Dez.” Enviei-lhe entretanto o texto que escrevi para ele ver e corrigir; e respondeu: “Neste caso podem omitir-se os nomes e dizer que se tratava de «uma parceria», em vez de sociedade...Essas duas horas de emissão eram «compradas» à Rádio Barlavento e nós cobrávamos pela publicidade emitida durante a emissão...Devo adiantar que dava lucro...!” E terminava assim o email: “Um forte abraço e votos de felicidades para um trabalho de tanto fôlego... Zito”.
Eu não imaginava que um dia, esses dados também serviriam para esta crónica sobre este vulto da rádio cabo-verdiana. Obrigado Zito por tudo o que aprendemos contigo, foste um homem simples, quem melhor do que tu, para traçar o teu retrato? “Antigo (82 anos), mas activo, amigo do meu amigo, coração de manteiga, amante do belo, bom garfo, conversador, não fumo, mas adoro um bom Gin&Tonic...!” Que mais poderias ter/ser para que valesse a pena a tua recordação?
Praia, 13 de Fevereiro de 2017
Carlos Filipe Gonçalves
Jornalista
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
[2863] A última e definitiva viagem (perdoe-se o pleonasmo) do nosso amigo Zito Azevedo
Passou-se o derradeiro dia da presença do Zito entre nós, numa tarde triste, com ameaças de chuva, apesar do sol radioso que se fazia sentir em Queluz. Familiares e amigos na despedida, entre os quais salientamos o Adriano Lima (que veio de Tomar) e a significativa delegação da Associação de Antigos Alunos do Ensino Secundário de Cabo Verde (de Lisboa) que levou a bandeira para cobrir o caixão do sócio (a mesma que cobriu a do médico e escritor Henrique Teixeira de Sousa em 9 de Março de 2006, no Cemitério dos Olivais).
O seu antigo amigo Artur Mendes teve a gentileza de cumprir o pedido da Nouredini e colocou junto ao peito do Zito uma rosa acompanhada de cartão com os nome da colega bloguista que seguiram com o nosso confrade (e se percebi bem, também com o nome do Pd'B e do Ac'A, para além de outras memórias, suponho que familiares), em perpétua companhia. E mais não dizemos, que mais não é preciso, esperando-se apenas que o grande "Arrozcatum" não morra, como sugere promessa familiar hoje feita.
Praia de Bote, que pediu ao filho Paulo autorização para fotografar as exéquias, aqui deixa algumas imagens para os que não puderam estar presentes mas gostariam de ter estado, por serem amigos do atuneiro-mor. O qual, cremo-lo, também as teria também posto... se pudesse. Obviamente, não mostramos pessoas presentes que poderiam não gostar de aparecer aqui fotografadas.
Tal como já tínhamos dito, Pd'B está encerrado deste ontem e por uma semana para outros posts, sendo que estes colocados ontem e hoje existem em função do acontecimento que muito nos entristeceu. E lá para quarta ou quinta-feira, como homenagem final, reporemos as mornas cantadas pelo Zito, para matarmos saudades dele.
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