Hoje é 1 de Outubro e Cabo Verde de facto chegou a Vila Viçosa, o que deixa o Praia de Bote muito mas mesmo muito satisfeito. Quem desejar saber mais sobre essa chegada, que nos interpele que nós daremos os esclarecientos.
quarta-feira, 27 de setembro de 2017
terça-feira, 26 de setembro de 2017
[3175] Sábado, apresentação de livro
Fernando Fitas (1957, Campo Maior) é autor de longa obra na área da poesia, prosa e história local de Almada e nomeadamente do Seixal. Várias vezes laureado, teve como mais recentes prémios o de Poesia e Ficção da cidade de Almada (2014) e o da cidade de Ourense, Espanha (2017). Foi um dos organizadores da homenagem ao poeta cabo-verdiano Jorge Barbosa na Cova da Piedade (2013) e está também integrado no grupo organizador da homenagem de Almada ao romance "Chiquinho" de Baltasar Lopes (para Dezembro.2017).
[3174] Piduca Afinado, outro galo da baía do Porto Grande de São Vicente (ver também os dois posts anteriores)
Já publicado em Portugal (2009), lembramos aqui uma pequena parte deste conto escrito por um grande amigo nosso, mindelense de gema, inspirado no galo de Manuel Lopes...
PIDUCA, O GALO BARÍTONO
PIDUCA, O GALO BARÍTONO
Piduca Afinado era um galo muito especial: dizia-se que tinha sério problema no relógio biológico, porque cantava a qualquer hora do dia ou da noite, ao contrário dos colegas que só se manifestavam em momentos certos e se tornavam, por isso mesmo, preciosos auxiliares dos proprietários. Havia quem atribuísse, erradamente, essa característica de Piduca ao facto de ele ser o único representante masculino naquele galinheiro do Alto de Santo António. Mas a verdade é que se tratava de simples paixão pelo bel canto, em nada relacionada com o seu harém. Os donos tinham, para além deste passarão de farta plumagem clara, dezanove galinhas, baptizadas com os nomes das ilhas e ilhéus cabo-verdianos, quando necessário, postos no feminino. As pequenas haviam tomado os dos ilhéus: Santa Maria, Luísa Carneira, Sapada, Cima, Pássara, Branca, Rasa, Sala Rainha e Grande (este, um completo contra-senso, em função das curtas dimensões da dita e do motivo inspirador); as de maior porte possuíam os das ilhas, sempre com adaptação feminina, o que dava estranhas designações como Maia, Foga, Santiaga, Nicolina e Vicentina, por exemplo...
As galinhas passavam o dia a cacarejar sobre assuntos da sua capoeira ou das capoeiras vizinhas, a debicar no milho que D. Leonilde atirava para dentro do habitáculo ou a pôr ou a chocar os seus ovos. Enfim, faziam o que qualquer galinha normal sempre fez no Mindelo – cidade que, no fundo, e no que diz respeito a galináceos, não é muito diferente de Hong Kong, Rio de Janeiro ou Évora. Piduca, porém, fartava-se da tagarelice contínua e solicitações das dezanove esposas que o destino lhe dera, só abrandado nas horas de temperatura mais alta, em que ele próprio era também coagido pelo calor a suspender toda a actividade. Havia uma, porém, a Brava, que lhe agradava mais que as outras, devido à bela e luzidia cor negra a que apenas duas ou três penas brancas no pescoço quebravam a escuridão. Tratava-se de uma poedeira de grande calibre, motivo de inveja das companheiras e de delícias para D. Leonilde, pela quantidade e qualidade dos ovos que com cadência regular despejava nas palhas, berço de futuros frangos. Aliás, era aquela a zona do galinheiro que Piduca mais frequentava, sempre atento ao nascimento dos filhotes que de vez em quando irrompiam das cascas que Brava ajudava a retirar com o bico. Esta dedicação maior de Piduca por Brava já havia sido motivo de diversas brigas em que fora obrigado a separar a sua predilecta dos bicos das restantes consortes que à uma a atacavam – não sem resposta, pois Brava não se deixava ficar. Foi numa dessas refregas que tirou um olho a Boa Vista, o que passou a ser motivo de chacota no galinheiro até ao dia em que D. Leonilde resolveu fazer com a mesma uma canja para o marido, o Sr. Dudu, que estava doente com mal de barriga.
Para além de cortejar Brava, Piduca tinha dois prazeres: cantar, como acima se disse, e ler. A cantoria, inata mas treinada em audição de discos que o Sr. Dudu punha todas as tardes depois da sesta, fez de Piduca um Caruso sem igual no anfiteatro do Mindelo. Não sem razão, pois era descendente directo do galo que inspirou Manuel Lopes, o tal que «cantou na baía». Piduca também cantava na baía e o seu cocorocó estendia-se pela cidade, com mais clareza durante as madrugadas, tardes e noites ventosas, um pouco mais restritamente noutras alturas, mas chegando sempre até à rua de Lisboa, excepto em dias de Carnaval em que as canções dos componentes dos blocos a abafavam. É claro que a vizinhança não achava grande graça àquele seu hábito de cantar a qualquer momento do dia ou da noite, o que já tinha dado razão a protestos e a altercações frequentes entre os seus proprietários e os moradores das redondezas. Mas a memória do livro de Manuel Lopes era para ele uma espécie de salvo-conduto e para D. Leonilde a garantia que esta propalava aos quatro ventos quando alguém dizia «Calem a m... desse galo!» ou «Cab... do galo que não se cala, ainda te corto o pescoço!» (continua, mas não aqui...)
[3173] Um galo, uma baía e um escritor (ver também post anterior)
Manuel Lopes |
Ora como se pode confirmar, lendo com atenção, no post anterior apenas falei de excertos de textos, não tendo citado nenhum escritor ou escritores (o que já de si era uma pista). Reconheço que o enigma era difícil e é claro que também não o conseguiria resolver se não conhecesse a sua resolução antecipadamente
Trata-se afinal apenas de um autor e de três textos que se reportam ao mesmo tema/conto, em versões diferentes. Os escritores, quando de gabarito, costumam ser muito exigentes consigo mesmos e não são raras as vezes em que alteram os seus textos tornando-os quase irreconhecíveis quando comparados, embora se refiram ao mesmo tema.
É o caso de Manuel Lopes, um dos nossos heróis, com o conto em que fala de Tói, o guarda de alfândega, também fazedor de mornas, que depara por acaso com uma cena de contrabando de grogue, auxiliado por um galo que dá com a língua... no bico.
O que mostrámos no post 3172 foram as versões apresentadas no n.º 2 de "Claridade" (Agosto de 1936), na primeira edição do livro (Março de 1959) e na segunda (Fevereiro de 1998). Ou seja, num espaço temporal de 62 anos...
Abreviamos por agora os resultados desta constatação que nos dá conta de textos bem diversos (inclusive com parágrafos que tendo ficado iguais mudaram de sítio) e de títulos que nunca foram idênticos. Guardamos o trabalho mais profundo para a altura própria que não aqui. Agradecemos no entanto a participação do Adriano e do Valdemar, dois verdadeiros praiabotistas. Para além do post seguinte relacionado com este e com o anterior, voltaremos quando tivermos paciência, pois estamos agora numa fase de slow-posts, como já sublinhámos.
"Claridade" n.º 2 (Agosto.1936)
1.ª edição (Março.1959)
2.ª edição (Fevereiro.1998)
sábado, 23 de setembro de 2017
[3172] Três textos, para quem gosta de dar palpites
À falta do cúter "Grinalda", mostramos o "Maria Teresa" |
Aproveitamos para informar os ditos que nos estamos a adaptar ao ritmo e número dos comentários que aqui surgem (e que não têm nada a ver com o número dos visitantes, satisfatoriamente vasto, como sempre). Ou seja, poucos comentários, poucos posts e espaçados conforme o ritmo de entrada daqueles. Assim, todos ficamos contentes... De resto, o arquivo aumenta de dia para dia e material de qualidade é coisa que não falta. Mas fica para nós e para outros trabalhos que nos trazem mais retorno... Se o número de comentários aumentar, é claro que o de posts também será incrementado.
domingo, 17 de setembro de 2017
[3168] As brisas de Cabo Verde
A fotografia do postalinho é cunchide e até deu capa de "Chiquinho" em edição basca - o que é algo absurdo (para quem conhece o enredo do livro), como se percebe, olhando para a legenda abaixo do burrico... Mas o que interessa desta vez é o que este senhor escrevia para um seu conhecido em Lisboa sobre a noite péssima que passou devido às "brizas (sic) de C. Verde", viajando de São Vicente para Santiago. No entanto, sorte dele, estava bem... Logo, as brisas não foram assim tão más...
[3167] Pequenos nadas...
"AQUI NESTA CASA"... Por acaso poderia ser "ALI NESTA CASA"? Ou seja, o "AQUI" não precisava de estar ali - que é o mesmo que dizer: não faz lá falta nenhuma. Quanto ao "VARIO", é melhor nem falar... Basta olhar para o que lá falta... Não terá sido posto o acento? Terá sido posto e entretanto o dito cujo cambá na tchom? Enfim, pequenos nadas que ninguém emenda e de que ninguém quer saber...
quarta-feira, 6 de setembro de 2017
[3166] "Poema de Quem Ficou", de Manuel Lopes, por João Villaret. Uma pérola!
Este "Poema de quem ficou" está na página 12 do livro "Crioulo e outros poemas", edição do autor, de 1964, que divulgámos recentemente no Pd'B. Em 1949 Manuel Lopes já publicara um livro com nome semelhante, "Poemas de quem ficou".
[3164] Post 400 de 2017 com notícia condigna
Muito longe ainda dos 500 posts de 2014, dos 600 de 2015 ou dos incríveis 1000 de 2016, Praia de Bote atinge com este o n.º 400 para 2017. Para assinalar as quatro centenas, divulgamos para já as datas das comemorações em Almada dos 70 anos de "Chiquinho" de Baltasar Lopes em livro.
Assim, teremos a 2 e 16 de Dezembro uma série de palestras não só acerca desta obra mas também sobre as de alguns dos parceiros de nhô Balta nessa aventura claridosa que sulcou durante parte significativa da sua vida intelectual. E até terminaremos com o Sr. Napumoceno da Silva Araújo, esse fantástico e sortudo comerciante de guarda-chuvas... pois de algum modo ele é filho dos claridosos...
Entre as duas datas, teremos em exposição no Fórum Municipal Romeu Correia de Almada 40 livros deste autor e de alguns dos seus colegas de escrita, muitos deles primeiras edições e alguns autografados, de colecção particular.
É o tributo de Almada e de alguns portugueses que admiram a história e a cultura de Cabo Verde (e a partir de ontem também de um cabo-verdiano prestigiado), com a colaboração da edilidade local e da Embaixada de Cabo Verde em Lisboa. Nomes e programa oficial, só os divulgaremos dentro de alguns dias ou semanas.
Até Dezembro, então! Esperamos por vós em Almada! E se não estão prevenidos, sempre vamos informando que na loja dos Herdeiros do Sr. Napumoceno ainda há alguns guarda-chuvas em stock.
[3161] Sim,sim, este ano na Praia. Mas no próximo ano será no Mindelo? E no seguinte, noutra cidade de outra ilha?
É que Cabo Verde tem 10 ilhas e morabeza não há nenhuma que não a tenha... Quanto ao resto, OK, OK, não se faz em Santa Luzia. Mas nas outras, o Pd'B bate-se por isso. E vocês, ilhéus? Ver AQUI
[3160] As difíceis e muito perigosas viagens da chamada "Rota de Cabo Verde", de Cabo Verde para os EUA e vice-versa
Já falámos no Pd'B desta rota e já escrevemos alguns artigos para jornais de Cabo Verde sobre o assunto. Aqui deixamos mais um sinal desses tempos de grandes perigos e muitos naufrágios, neste caso com final feliz, pois a escuna "Mystic" chegou ao destino, em New Bedford, apesar da fome passada pelos seus tripulantes e passageiros em cinco semanas de viagem.
[3157] Ser tubarão, arreganhar a dentuça e não ter medo de nada...
Ver AQUI a rota de sucesso dos esqualos das ilhas
terça-feira, 5 de setembro de 2017
[3156] Era o fim da guerra mas ainda não havia gasolina para os isqueiros no Mindelo....
Acontece que o António Miguel de Carvalho, com estaminé de combustíveis em São Vicente, escreveu para Harvey Thomas na Texas Petroleum Company em Nova Iorque. O motivo adivinha-se... Em Maio de 1945, a II Guerra terminara na Europa, estávamos em Junho e era preciso fuel na ilha. Até aí nada de admirar... Mas... e há sempre um mas aqui no Pd'B. O Tony escreveu de São Vicente em dia incerto de Julho (não se consegue divisá-lo em nenhum dos dois carimbos dos correios de São Vicente). A verdade é que a carta chegou a Lisboa a 21 de Julho e foi carimbada nesse dia e no seguinte. O pior, o pior mesmo, é que só chegou ao destino a 3 de Setembro... Entretanto, gasolina d'Cupitania, stava paróde na Cais Nacional, e djip d'pliça fetchóde na garaja d'staçon, ahahahahaha
[3154] uma medalha, na hora da partida...
Não a conhecemos, nunca a vimos. Mas ela existiu mesmo e alguém deve ter ainda algum exemplar da dita. Agradecemos possível e generosa oferta!... Veio a notícia no "Jornal de Serviço" que era distribuído com o "Correio da Manhã" do Rio de Janeiro, em 4 de Março de 1971. As voltas que o Mundo dá... E nós sempre aqui à coca, ta sgrovetá...
segunda-feira, 4 de setembro de 2017
[3152] O regresso do José Fortes Lopes
Regressou de Cabo Verde o nosso amigo José Fortes Lopes, de merecidas férias e de tarefas cívicas importantes na cidade montecarense que é a menina dos nossos olhos.
Um braça pa el e votos de bom retorno ao nosso blogue oceânico e à sua universidade, também ela marítima. Já agora... "Sai um pote de ovos moles (da fábrica da Maria da Apresentação Herdeiros), aqui para a mesa do canto!..."
[3151] Mais um poema de Osvaldo Alcântara / Baltasar Lopes
Adequado a este blogue oceânico, tal como o do post anterior, temos aqui mais um belíssimo poema de Osvaldo Alcântara / Baltasar Lopes. Juntamos-lhe foto do "Novas de Alegria", passando assim este post também a ser uma singela homenagem ao Manuel de Novas.
Capitão das ilhas
Morreu hoje o capitão de um navio das ilhas.
Não foi porque ele era bom
e puxava afectuosamente o fumo do seu cigarro
quando falava comigo
que fui ao seu enterro.
Nem tão pouco porque conheci
as tragédias náuticas
que serviram de alicerce ao único poema,
entre flores e caiado de branco,
que ele escreveu nesta vida.
Fui ao seu enterro porque sou caçador de heranças
e queria confessar a minha gratidão
pela riqueza que ele me deixou,
pela sua dimensão desmesurada do mundo
e pela incorporação no veleiro em que todos navegamos.
[3150] Um poema para o Zito que nos deixou há quase sete meses
ZITO, SEMPRE!
O Zito era mais da Rua de Lisboa; eu vadiava sobretudo pela Ponta-de-Praia, base de marinheiros, pescadores, deserdados e patifórios de toda a espécie. Mas o Mindelo é só um e assim podemos juntar o mar da Praia de Bote e a calçada da rua mais cosmopolita da nossa cidade na homenagm que hoje prestamos (por não sabermos se no dia certo teremos oportunidade de o fazer) ao não substituído amigo Zito Azevedo, que a 12 de Fevereiro nos deixou.
Fiquemos com um poema do livro "Cântico da Manhã Futura" (o mais recente a entrar na nossa biblioteca cabo-verdiana), do sempre lembrado e estimado Osvaldo Alcântara / Baltasar Lopes. A grafia é a exacta, nomeadamente os pontos finais seguidos de letra minúscula.
Por outro lado, sabemos que pelo seu especial conteúdo este poema também agradará ao nosso vice-cônsul em Tours...
Por outro lado, sabemos que pelo seu especial conteúdo este poema também agradará ao nosso vice-cônsul em Tours...
Rapsódia da Ponta-de-Praia
Sigo o Espiritismo,
vou às sessões do Centro,
bebo água fluídica,
vou às sessões de limpeza.
não vou ficar
avassalado
pelo Astral Inferior.
vou fugir
naquele Grande
ou naquele suíço.
vou ser
chegador,
zeitador,
fogueiro,
criado de bordo
ou taifeiro.
Daqui a seis meses
tocarei no porto
irei
ao Farol do Viajante,
apanharei uma bebedeira
e embarcarei novamente
naquele Grange
ou naquele suíço.
Huve dissidência
no Bloco Original,
havia injustiça
no regulamento,
fundámos o Bloco Oriundo.
o baile do bloco
vai ser
um colosso universal.
Vai haver pancada,
vou brigar com polícia
porque polícia não sabe ainda
que eu sou homem macho.
Vou passar contrabando,
vou ao Porto Novo,
enganarei
os guardas de alfândega,
atravesso o Canal,
desembarco em Salamansa,
e se eu for descoberto
pelos gurdas do Comissarido
vou ter com advogado
para advogar minha sentença.
Vou fazer serenata,
vou tocar violão,
cavaquinho,
farei chocalho
de uma lata
de cigarro inglês,
vou pedir para o Rio,
Ladeira de João Homem,
uma cuíca e um reco-reco,
vou namorar,
vou cantar o samba,
vou revelar
que ela devorou meu coração,
vou ser
advogado no tribunal da tua consciência.
Não vou tirar
licença de alambique,
vou enganar o Governo,
vou fazer mel
e depois
de mel farei aguardente
em potes da Boa Vista.
Se eu for denunciado
o fiscal verá
que os ratos comeram
o lacre do meu alambique.
Vou meter melhoramentos
na minha fazenda,
dou hipoteca à Caixa,
todos os meses haverá desconto
na minha folha.
Vou fazer letra bonita,
vou escrever uma carta
ao Presidente Roosevelt
para ele distratar os meus papéis,
vou trabalhar em Bew Bedford,
vou ser tripulante de light-ship.
Eu vou-me embora,
não vou ficar mais
avassalado naquele Grange
ou naquele suíço.
domingo, 3 de setembro de 2017
[3149] Gente de São Vicente, camponeses (mais camponesas...)
Carimbado em 8 de Novembro de 1911, este postal ilustrado com três camponesas, uma criança de colo e um rapaz pimpão, é quase um ano posterior à implantação da República. Repare-se na dignidade que se desprende desta gente do interior da nossa ilha, na beleza da mulher ao centro e no ar malandro do rapaz, pobre mas bem remendado, embra com fazenda de riscas em calças lisas. Enfim, gente de Soncente de diazá. Foi mandado para Frohmulh, na Alsácia, o postalinho.
[3148] O ilhéu dos Pássaros, o nosso "djéu"
Já aqui o temos divulgado em diversas alturas, sempre que possível com representações diferentes. Ele é muito nosso, dos que nasceram na ilha de São Vicente ou ou a adoptaram (ou por ela foram adoptados). Pilar de ponte imaginária com a ilha irmã Santo Antão, farol que anuncia o anfiteatro do Mindelo, lugar misterioso que todos conhecem mas que quase ninguém visitou, é lugar mítico para os mindelenses, tanto como o Monte Cara. Da nossa longa colecção de imagens sobre o rochedo, escolhemos hoje uma das mais belas - que até nem selamos com marca de água, pois isso seria quase uma blasfémia, pelo que os piratas copistas podem actuar e que se lixe se não disserem de onde rapinaram a cópia...
É peça colorida, da editora alemã C. A. W. Grün, de Hamburgo, lindíssima fotografia feita a partir de barco que segue para Santo Antão, datado o postal de 21 de Junho (Juni em alemão) de 1908, pelo que até pode ser alguns anos anterior. Ao fundo, a nossa ilha, obviamente, tal como se pode ler na indicação postaleira, esta em inglês.
sábado, 2 de setembro de 2017
[3147] Como os posts se engolem uns aos outros com o passar do tempo, repescamos um muito recente que não queremos deixar esquecido ali atrás
Manuel Lopes |
Trata-se do post 3143 (ver AQUI) sobre o livro de Manuel Lopes "Crioulo e outros poemas", de 1964, ano em que aqui o Pd'B estava no 1.º ano (63-64) ou no 2.º (64-65) dessa sapientíssima universidade chamada Liceu Gil Eanes. Quem por aquela casa de ciência passou não a esquece e quem ler este livro também não o olvidará. Ficou uma amostra de dois poemas e já não é mau, pois o livrinho está mais que gatchóde nas memórias do tempo e a imagem de capa que ali deixámos é única na Internet (que o saibamos, exceptuando uma minúscula e a preto e branco, de péssima qualidade).
[3146] Depois da boa notícia do post anterior, agora o reverso da medalha
Praia de Bote ficou agoniado com esta notícia, nomeadamente, por motivos óbvios, com a parte referente à cabo-verdiana Lurdes Tavares que reside neste concelho de Almada e aos obstáculos que lhe têm sido impostos para se integrar como cidadã de país irmão no Portugal "padrasto" onde quer viver e trabalhar.
Ver AQUI
Foto Orlando Almeida |
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