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sábado, 3 de setembro de 2011

[0104] Festa de arromba no Mindelo, com baile e Nhô Balta pelo meio

Festa no Mindelo, com baile, sempre foi coisa que não constitui notícia, de tão vulgar que é. Mas esta, pela data (publicada a 17.Julho de 1931) e pelas figuras envolvidas, merece ser divulgada no PRAIA DE BOTE. Uma delas conheceu-a o administrador do blogue - Nhô Balta, que, como sabemos, foi seu professor  (faltavam ainda cerca de 16 anos para ele lançar o romance "Chiquinho"). As outras, também não serão nada estranhas aos nossos atentos leitores cabo-verdianos. Os apelidos são mais que elucidativos... Que estes falem delas, pois é seu dever... até porque têm andado um bocado preguiçosos.

Lembramos só a figura a quem a festa era dedicada, Frank Martins, homem da escrita (por exemplo no Notícias de Cabo Verde) e entusiasta da criação do Liceu em S. Vicente, como muito bem recorda Guilherme Chantre "Chantrim".


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

[0029] Os meus livros de Cabo Verde (004) - Baltasar Lopes, "Chiquinho" (Casa das Áfricas, Outubro.2008)


Mais um comprado pelo "Praia de Bote", o segundo assim obtido, de quatro que possui. A pior capa das quatro apresentadas, escura e insípida, fotografia de pano de obra bicho de Santiago, sem indicação de autoria. É daquelas que dão a sensação de que o editor não deseja nem um bocadinho que comprem o livro... a esquecer, pois afinal o conteúdo é que interessa.

Ficha técnica:
© Herdeiros de Baltasar Lpes
© Livros Cotovia, Lda. (2008)
Rua Nova da Trindade, 24
1200-303 Lisboa
Cedido por cortesia da Editorial Nova Vega, Lda., Lisboa
Capa: fotografia de pano d'obra bicho, Santiago, Cabo Verde
Outubro.2008
ISBN:  978-972-795-263-2
Tiragem: 2500 exemplares
Depósito Legal: 281572/08
Impressão: Tipografia Peres, Amadora
Biblioteca Editores Independentes
África Minha

[0028] Os meus livros de Cabo Verde (003) - Baltasar Lopes, "Chiquinho" (Edições Vega, 2006)


(clique nas imagens)
Este, comprei-o, assim que surgiu nas livrarias. O miolo é o do costume. Mas a capa, no entanto, oscila entre uma palhota das Áfricas continentais e um velho e desaparecido funco cabo-verdiano - que ainda os havia, à época, mas... Veja-se como Nhô Balta descreve a casa de Chiquinho: "Ao lado da casa grande de quatro quartos, ficava...", etc. Em geral, quem é apressado e distraído pensa sempre que em Cabo Verde por esta altura havia palhotas por todo o lado, gorilas aos saltos, leões a urrar e indígenas em correria pela savana fora, de lança na mão...

Enfim!... Abençoado B. Lèza que quando chegou a Lisboa para a Exposição do Mundo Português (1940) e viu em Belém palhotas no espaço dedicado a Cabo Verde disse que se não as tirassem de imediato e as substituíssem por casas pegava na trouxa e regressava  à terra...

Salientem-se o prefácio de 22 páginas de Alberto de Carvalho e o bom aspecto geral da edição.

Ficha técnica:
Colecção: Palavra Africana/Ficção - Série Especial
Prefácio: Alberto Carvalho
© Nova Vega e herdeiros do Autor
1.ª edição em 2006
Editor: Assírio Bacelar
Capa: José Manuel Reis
Fotocomposição, Paginação Electrónica e Fotolitos: Victor Batista
ISBN: 972-699-838-7
Depósito Legal n.º 240982/06
Impressão e Acabamento: Stória - Artes Graficas, Lda.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

[0021] Os meus livros de Cabo Verde (002) - Baltasar Lopes, "Chiquinho (Edicions La Campana, Janeiro.2003)

(clique nas imagens)
Eis aqui o meu segundo "Chiquinho", depois do oferecido pelo Moacyr Rodrigues (ver lá atrás).
Este também foi oferta de um bom amigo, o Dr. Celso Celestino, que conheci na Associação dos Antigos Alunos do Ensino Secundário de Cabo Verde (Lisboa) de que ambos somos sócios. E em catalão que é língua que também se dá com a prosa de Nhô Balta.

Celso Celestino - Foto Joaquim Saial (clique na imagem)
A pequena história do volume está escrita bem à vista dos leitores deste blogue. Logo no ano de edição, a viúva do saudoso escritor, Teresa Lopes da Silva, ofereceu ao Celso o petisco que aqui divulgamos - que ele conservou por seis anos, até que achou que o mesmo estaria melhor nas minhas mãos. Oferta de oferta representa oferta superior que muito me agradou. Mas... nisto de livros quase sempre há um "mas", a verdade é que ele esteve para ter outro dono que desconheço, porque a primeira folha (antes da que aqui se vê com os dois autógrafos) foi rasgada (como se pode ver pela foto). Se isso tivesse acontecido, nunca eu teria posto a vista em cima de tal tesouro...

Logo que possível, mostrarei os meus outros dois "Chiquinhos", estes comprados aqui pelo "Praia de Bote". Nem tudo pode ser oferecido...

Quanto ao que está escrito na última linha da dedicatória do Celso Celestino, aquilo é conversa fiada, porque ele adora o seu Cabo Verde... e a sua Bubista...

Ficha Técnica:
La traducció d'aquesta obra ha comptat amb l'ajut de:
Instituto Camões
Institució de les Lletres Catalanes
Titol original: Chiquinho     
© de la traducció ala català: Pere Comellas
© Hereus de Baltasar Lopes da Silva
la edició: gener de 2003
© Edicions La Campana
Balmes, 65, 4t, la
08007 Barcelona
Tel.: 93 453 16 65 / Fax: 93 451 89 18
Disseny coberta: Helena Batet
Foto coberta (capa): Instituto Português dos Museus
ISBN: 84-95616-23-8
Dipòsit legal: B. 3.940 - 2003
Fotocomposició: EdiGestió (Barcelona)
Imprès a Romanyà/Valls. Capellades (Barcelona)

sábado, 12 de fevereiro de 2011

[0015] Os meus livros de Cabo Verde (001) - Baltasar Lopes, "Chiquinho" (Edições Calabedotche, Dezembro.1997)

"Chiquinho" é em Cabo Verde o equivalente a "Os Lusíadas" em Portugal, digamos que o livro nacional. Ou, se quisermos, sendo Cabo Verde país de língua (também) portuguesa, "Chiquinho" consubstancia para as gentes das ilhas uma espécie de irmão do de Camões...
O livro  de Baltasar Lopes (1907-89) foi publicado pela primeira vez em 1947, com a chancela das edições Claridade. Depois disso, já viu muitas versões. A que o "Praia de Bote" aqui traz é de Dezembro de 1997. Como veio ele parar às nossas mãos?  A história conta-se em três penadas. 

(clique na imagem)
Estava eu em S. Vicente, em Julho de 1999, tentando encontrar a obra mestra de Nhô Baltas, sem o conseguir. Não houve livraria nem papelaria em que não entrasse à procura do apetecido livro, mas nada...  Apesar de recentemente reeditado, parecia desaparecido. Até que, vendo-me quase em desespero de causa, alguém me disse que a única possibilidade talvez fosse contactar o Moacyr Rodrigues que o republicara na sua editora Calabedotche, dois anos antes. No Centro Cultural do Mindelo (a antiga Alfândega) deram-me o seu contacto e combinou-se  encontro para ali mesmo, no dia seguinte. À hora prevista, lá veio ele com o livrinho que simpaticamente me ofereceu. Mais duas coisas lhe devo: ter-me autografado a peça e mostrado a porta do gabinete onde trabalhara o poeta Jorge Barbosa...

(clique na imagem)
(clique na imagem)
E foi assim que obtive o primeiro dos quatro "Chiquinhos" que possuo, a história do menino nascido no Caleijão, ilha de S. Nicolau, que há-de ir estudar a S. Vicente (como era então inevitável, para quem  em Cabo Verde queria prosseguir estudos para além da 4.ª classe) e regressar depois à terra que abandonará em breve, partindo enfim para a América para onde o pai também emigrara, seguindo o dramático destino da "hora di bai" cabo-verdiana.

Agora, as ligações: Baltasar Lopes da Silva foi meu professor no segundo ano do Liceu Gil Eanes - que tanto Moacyr como o herói Chiquinho também frequentaram; Moacyr é irmão de Titina, uma das vozes mais características de sempre da música cabo-verdiana e ela canta no primeiro disco que adquiri, ainda menino, integrada no Conjunto Cabo Verde; o pai de Moacyr foi salvo-erro piloto da "minha" Capitania dos Portos,  embora anos antes de eu lá ter residido. Digamos que ao fim e ao cabo estamos todos ligados. E com Moacyr também já estive em outras ocasiões, em Lisboa, como no memorável lançamento do livro de Valdemar Pereira "O Teatro é uma Paixão - A Vida é uma Emoção", que apresentei na Associação dos Antigos Alunos do Ensino Secundário de Cabo Verde, em 8 de Maio de 2010.

Moacyr Rodrigues na AAAESCV (foto de autor desconhecido - clique na imagem)
Seguir-se-ão, logo que possível, os meus três outros "Chiquinhos"...

Ficha Técnica.
CHIQUINHO
Autor: Baltasar Lopes
©Autor e Edições Calabedotche - S. Vicente
Composição: Burótica de S. Vicente, Lda.
Impressão e encadernação: Gráfica do Mindelo, Lda.
Tiragem: 3000 exemplares
Mindelo, Dezembro de 1997