segunda-feira, 18 de maio de 2015

[1515] Toy de Nhô Quim Chavinha: a história de um futebolista do Mindelense, depois enfermeiro de profissão

Este precioso material, que nos  foi enviado pelo amigo e colaborador Zeca Soares (a quem muito agradecemos o trabalho que teve), conta a história de vida de um homem descomplexado que se diz filho de três pátrias - o que é de facto verdade e não é vergonha nenhuma, antes uma honra. Neste caso, quatro vivas portanto: a Portugal, a Cabo Verde, à França e também, claro, ao Toy de nhô Quim. Já agora, e porque não há quatro sem cinco, um viva final ao grande e eterno Mindelense! VIVA!!!

O grande futebolista do Clube Sportivo Mindelense da Rua d'Praia do século passado (Toy d'nhô Quin), que esteve durante longos anos emigrado em França, acabou de lançar em Mindelo, onde reside actualmente, um livro de memórias do seu percurso de vida. Segundo o autor, as receitas revertem a favor de um fundo para uma Fundação que o mesmo pretende criar em apoio as crianças no campo desportivo. Dada a importância das histórias desse percurso, e do impacto que o mesmo possa ter nos jovens, o Ministério da Educação fez já aquisição de 100 exemplares do livro para ser distribuído.  Para além de vários contos, é ilustrado com muitas fotos que contam a história deste mesmo percurso desde a sua infância até esta data, depois do seu regresso definitivo a sua ilha natal. 




[1514] Loucura benfiquista, também em Cabo Verde

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sábado, 16 de maio de 2015

[1511] Coisas de galos que cantam...

1 - O galo cantou na baía
2 - O galo que cantou na baía
3 - Galo cantou na baía

Galos há muitos; galos que cantam são todos, se não forem mudos; galos que cantam na baía são menos... Um destes, foi personagem principal de livro de contos de Manuel Lopes, logo naquele que abre a obra.

Ficamo-nos por aqui, enigmaticamente, à espera de uma suculenta encomenda que há-de chegar na próxima semana ao Praia de Bote, relacionada com o galo delator que deu cabo de um negóce de contabando de grogue, e que partilharemos com os nossos amigos. 

[1510] Ainda o livro "Cartas de Cabo Verde", de Luiz de Saldanha Oliveira e Souza (1947)

"(...) Estes pensamentos ocorrem-nos enquanto contemplamos a vastíssima baía de S. Vicente, semi-circular, limitada do lado Este pelo Pico da Vigia e do lado oeste pelo Monte da Cara. Neste, o recorte da cumeada faz lembrar perfil de rosto humano, e por tal semelhança lhe deram a sua denominação. Alguns vêem naquele contorno o perfil de Washington. Não sei em que se fundamentam, nem consigo descobrir a que propósito surge tal comparação. 

Aquele recorte não evocará antes o perfil dalgum gigante Adamastor, derrubado pelo valor e audácia dos antigos portugueses? Ou porventura e por isso muitos lhe chamam o Monte da Cara do Infante, não estará ali um dos da ínclita geração, algum dos altos infantes, o próprio D. Henrique, a guardar estas paragens?

Juiz rigoroso e implacável, o Infante navegador mantem-se além, vigilante, no decurso dos séculos, a exigir contas aos vindouros, do uso que fizeram das terras, descobertas com tanto esforço e risco, e dos progressos que nelas realizaram ou deviam ter promovido.

Já não é preciso hoje derrubar Adamastores, ou devassar o Mar Tenebroso; mas há o imperioso dever de levantar este Arquipélago, da situação por vezes tão precária em que se encontra e auxiliá-lo a adquirir o grau de prosperidade que os seus habitantes merecem, pela sua constante e fiel dedicação à pátria e pelo seu esforço e frequentemente penoso labor. (...)"

[1509] Era naquel tempe d'staçom d'pliça lá na Rua d'Praia c'sês farda d'caqui

Guarda
Graduado

[1508] Duas realidades da Praia de Bote: o pescador e a Polícia Marítima

[1507] Tempo de calor pede cervejola cabo-verdiana... em Cabo Verde e/ou em Portugal

Pd'B não recebeu pela publicidade. Contudo, como já bebeu a cerevejola, está em condições de afirmar que ela lhe soube a pouco. Por isso, aqui ficam as fotografias das quatro manas Strela, para divulgação. Só aquele "K" ali na "Crioula Alupekada" é que estraga tudo. Claro que essa, nunca beberei... mas as outras merecem degustação.
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sexta-feira, 15 de maio de 2015

[1506] Eis uma das novas peças que ontem vieram enriquecer o arquivo do Pd'B. Esta, alusiva ao comodoro Daniel Duarte Silva

Reveja-se aqui a carreira político-administrativa deste cabo-verdiano, oficial distinto da Armada portuguesa (ficha da Assembleia Nacional / Assembleia da República / Parlamento de Portugal), para se perceber melhor o enquadramento histórico do cartão de visita (escrito a azul, em papel rugoso de boa qualidade; é cartão de Boas Festas, na passagem de 1970 para 1971).


Carreira profissional
- Oficial general da Armada, onde atingiu o posto de Comodoro;
- Comandante da Escola Naval;
- Comandante do Corpo de Marinheiros da Armada;
- Presidente do Conselho de Administração da Companhia Portuguesa de Pesca;
- Presidente do Conselho de Administração da Docapesca.

Carreira político-administrativa
- Vogal da Comissão Central de Pescarias;
- 1922-1924 – Ajudante-às-ordens do Ministro da Marinha;
- 1924-1926 – Ajudante-de-campo do Alto-Comissário de Moçambique;
- 1927-1931e 1934-1936 – Capitão dos Portos de Cabo Verde;
- 1936-1938 - Ajudante-de-campo do Ministro da Marinha;
- 1941-1942 – Vice-presidente da Comissão Administrativa do Fundo de Fomento de Angola;
- 1941-1944 - Chefe do Departamento Marítimo de Angola;
- 1942 – Chefe de Gabinete do Governador-Geral de Angola;
- Director do Instituto Português de Conservas de Peixe;
- Delegado do Governo junto do Grémio dos Armadores de Pesca do Arrasto, de cujo Conselho Geral veio a ser Presidente e em cuja qualidade integrou a Câmara Corporativa, pela indústria (VI Legislatura);
- Presidente da Corporação da Pesca e Conservas, mantendo, por inerência do cargo, as funções de Procurador (VIII Legislatura); nas IX e X Legislaturas, voltou a ser designado na qualidade do já referido grémio; na última legislatura a sua permanência na Câmara Corporativa resultou da sua qualidade de ex-Presidente da Corporação da Pesca e Conservas.

Carreira parlamentar
Legislaturas Secções
VII IV − Pesca e conservas (1.ª Subsecção – Pesca).
VIII VI − Pesca e Conservas (1.ª Subsecção – Pesca; 2.ª Subsecção − Conservas de Peixe).
IX VI − Pesca e conservas (1.ª Subsecção – Pesca).
X VI − Pesca e conservas (1.ª Subsecção – Pesca).
XI VI – Pesca e conservas (1.ª Subsecção – Pesca; 2.ª Subsecção − Conservas de peixe).
Pareceres subscritos/relatados [Total: 5]
VII Legislatura (1957-1961) [1]
- 3/VII – Projecto do II Plano de Fomento (1959-1964) METRÓPOLE – ANEXO II – Pesca Indústrias extractivas e transformadoras.
VIII Legislatura (1961-1965) [1]
- 18/VIII – Projecto de Plano Intercalar de Fomento para 1965-1967 (Continente e ilhas).
IX Legislatura (1965-1969) [2]
- 3/IX – Mar territorial e zona contígua. 
- 9/IX – Projecto do III Plano de Fomento, para 1968-1973 − Continente e ilhas – ANEXO III – Pesca.
X Legislatura (1969-1973) [1]
- 56/X – Projecto do IV Plano de Fomento para 1974-1979 (Continente e Ilhas) – ANEXO V – Pesca.
XI Legislatura (1973-1974)
- Não subscreveu ou relatou qualquer parecer.

[1505] Cabo Verde: comemorações do 40.º ano como país

Ver AQUI

quarta-feira, 13 de maio de 2015

[1503] Presidente Jorge Fonseca lança novo livro. Praia de Bote agradece o envio do cartaz e do convite



[1502] Ainda o livro do post anterior, em excertos dedicados ao colega e amigo Zito, "dono" do Arrozcatum

Que o Zito é um sábio, já a gente sabia. E que o Zito tem olho, também é facto conhecido. Mas estas coisas de se ser sábio e de se ter olho requerem provas. E a prova provada está no último excerto do texto que escolhemos para lhe oferecer (nomeadamente na zona por nós sublinhada a negrito verde)... O Zito é mesmo um sábio!...

Furna, Brava
O estudo da Brava, que terminou hoje, fez-me muito bem, graças ao óptimo e cordial acolhimento que nos dispensou o simpático e zeloso Administrador do Concelho, sr. dr. Júlio José Pinheiro. A ilha é autêntica maravilha: parece jardim. Quando se chega ao porto da Furna, pequena enseada com modesta ponte de desembarque, não se suspeita sequer o deslumbramento que nos vai surpreender, daí a pouco mais de meia hora, após a subida do porto até à Vila de Nova Sintra, por boa estrada, pela qual não obstante as dificuldades do seu traçado, o automóvel que nos esperava desliza velozmente. (…)

Nova Sintra, Brava
Certamente, como consequência deste meio naturalmente belo, harmonia sem igual, e permanente encantamento, o povo desta ilha é dotado de dotes artísticos excepcionais, que se manifestam espontaneamente, e de que as mornas são a tradução na poesia e na música. Que delicada inspiração, que doçura de sentimento, que arte consumada, que fina ironia se encontram nessas composições poéticas. (…)

O tipo da população é notável pela regularidade e perfeição dos traços fisionómicos, pela delicada cor da tez e pelo engraçado e suave sotaque do falar crioulo. A beleza, distinção e elegância das bravenses tem sido e será sempre tema cantado pelos poetas. (…)

[1501] Novo livro "cabo-verdiano" na biblioteca do Pd'B

Por 15 euros mais os portes, acabou de nos chegar hoje pelo correio o livro Cartas de Cabo Verde, da autoria do Eng.º Luiz de Saldanha Oliveira e Souza (ed. do autor, 1946, Tipografia Inglesa, Lisboa). Tem sinais do tempo, capa roída pela traça, miolo amarelecido mas mesmo assim encontra-se em bom estado de conservação. Um mimo, aqui para o bibliófilo que se interessa pelas coisas das ilhas. Ver o anúncio que por enquanto se mantém no ar mas já não servirá a outro comprador, AQUI.

E se por um lado o pequeno book (17,5cm x 12,5cm) não é escrito por cabo-verdiano, por outro é dedicado ao Eng.º Alberto Lopes da Silva, irmão do sempre saudoso Dr. Aníbal: "Ao muito presado colega e Amigo, Ex Sr. Eng.º Alberto Lopes da Silva, inesquecível companheiro de tão agradáveis viagens e trabalhos, recordando-o com a maior amizade. Oferece, Luiz de Saldanha." Informamos ainda que a chegada do autor a Cabo Verde se fez no "Guiné".

Aos nossos leitores, deixamos um excerto (futuramente deixaremos outros) e as imagens patentes no site de vendas através do qual o negócio foi concretizado:

"Ficamos alojados em casa do Dr. Aníbal Lopes da Silva, distinto médico e pessoa de finíssimo trato, belo companheiro  muito simpático, irmão do engenheiro, nosso prezado amigo e activo colega de missão. Exerce aqui a sua clínica; mas a família está a veranear na próxima Ilha de Santo Antão, pois agora é a época própria. 

Também estava no nosso programa percorrer essa ilha, que todos dizem ser a mais bela do arquipélago; mas a urgência de regresar ao Continente impediu-me de pôr em prática tal projecto.

Nesta cidade do Mindelo, a vida social é muito mais activa que na Praia; os estabelecimentos comerciais, mais variados e importantes; a população mais numerosa; e o movimento do Porto Grande de S. Vicente, o mais intenso de todo o Arquipélago.

O liceu muito frequentado, dada a feliz disposição do cabo-verdiano para o trabalho intelectual, e o elemento militar ainda numeroso, contribuem para aumentar a animação da cidade. À noite o jardim público, vasto, espaçoso e bem iluminado, regorgita de passeantes, enquanto no coreto uma banda musical executa variado programa, tornando ainda mais agradável este recreio.

Quando há cinema, que ainda não é diário, enche-se a vasta sala com espectadores de todas as categorias sociais."

E mais não diz o Praia de Bote, cheio de vontade de se atirar a este verdadeiro petisco de 112 páginas que será devorado num ápice. Quanto aos nossos leitores, é garantido que ficarão cheios de manha. Mas, meus amigos, a vida é mesmo assim, cheia de injustiças...

segunda-feira, 11 de maio de 2015

[1500] Post 1500 comemora-se condignamente com artigo do nosso amigo Daniel Bartolomeu Gomes e fotos do Arquivo Valdemar Pereira sobre Daniel Duarte Silva

1500 posts do Praia de Bote
Quando o passado vale a pena, quase inevitavelmente ele volta ao presente para se continuar como futuro. É este o caso do reaparecimento do Daniel Bartolomeu Gomes nosso colega da escola da 4.ª classe (Rua de Coco e Rua do Sol, no Lombo), no já distante ano lectivo de 1962-63.

Acontece que a escola da Rua de Coco (no topo mais próximo da Praça do Dr. Regala) fechou por volta de meados do ano lectivo, devido a questões de saúde de uma familiar da nossa professora (e por via disso, dela própria também) e os alunos foram distribuídos por outros estabelecimentos de ensino. A mim e ao Daniel coube-nos a escolinha do Lombo, onde era professora a D. Mariazinha Brito, depois (nas últimas três largas décadas) moradora aqui muito perto de mim e falecida há uns dois anos.

Foi portanto assim que nos conhecemos e há dias o Daniel reatou o contacto comigo e mandou-me um texto que tenho todo o gosto de publicar como post 1500, homenagem ao meu amigo de infância, à D. Mariazinha que nessa parte do ano ainda nos deu muito bons ensinamentos e à figura que este artigo homenageia.

DANIEL DUARTE SILVA NA HISTÓRIA DO MAR (por Daniel Bartolomeu Gomes)

Daniel Duarte Silva - Foto Parlamento Portugal
Ao longo de anos a percorrer os sete mares a conquistar posições de grandes méritos, sem dúvida, Daniel Duarte Silva, é um dos mais ilustres nomes cabo-verdianos destacados na História do Mar. Nascido em São Vicente de Cabo Verde, no dia 16 de Dezembro de 1895, sobrinho-neto do cientista cabo-verdiano Roberto Duarte Silva e com pai do mesmo nome e era filho da senhora Teresa Nobre Duarte Silva. A partir de 1910, começa estudos liceais em Coimbra, ingressando depois na Faculdade de Ciências, onde fez dois anos de preparatórios de Engenharia. Veio por essa altura para Lisboa, para o Instituto Superior Técnico. Só que, em Lisboa, foi mais forte a atracção pelo mar, tendo ingressado na Escola Naval, como aspirante, em 29 de Julho Começa o seu brilhante percurso: Guarda-Marinha (1919), 2º. Tenente – (1921), 1º. Tenente (1924) e Capitão-Tenente (1935).

Desde que em 1928 esteve nos Açores, no desempenho de uma comissão de estudos das condições geográficas, geológicas, e hidrográficas dos Ilhéus das Formigas o que lhe valeria o seu primeiro louvor pelo valioso auxílio prestado ao Director do Serviço Meteorológico daquele arquipélago, foi um nunca mais acabar de assinalados e prestimosos serviços, dos quais, como homem do mar, destacamos de modo especial os serviços prestados em Cabo Verde, entre os anos de (1927-31) e (1934-36).

A construção da sede da Capitania dos Portos de Cabo Verde (modelo Torre de Belém), inicia em Mindelo, a partir do ano de 1907. No ano de 1927, o Governo colonial português nomeia o 1º. Tenente da Marinha, Daniel Duarte Silva, Capitão dos Portos de Cabo Verde. Chega numa altura em que a colónia passa por situações difíceis, do ponto de vista económico: estiagem prolongada e falta de infra-estruturas de base que provoca o decrescimento de navios no Porto Grande, resultando daí falta de trabalho.

Nos anos trinta, a vida é difícil. De ano para ano a falta de trabalho aumenta por todo o arquipélago. Não há perspectiva de melhoramentos. Em Mindelo, as classes sociais, intelectuais, estivadores do Porto e outros, preocupados com a situação, reivindicam melhoramentos. O Movimento Bandeira Negra, liderado pelo Capitão Ambrósio, em protesto contra a fome sai à rua no dia 7 de Junho de 1934. Manuel Ribeiro de Almeida, impulsionador da indústria e comércio, como director, no jornal “Notícias de Cabo Verde”, em Mindelo, denunciava o Governo, por pouco ou nada fazer para melhorar a situação. O Movimento “Claridade” surgirá no ano de 1936.

A efémera equipa do Sporting de São Vicente - Foto Arquivo Valdemar Pereira (ver comentário que VP entretanto colocou e esclarece a propriedade desta foto). Em baixo, à direita, o Dádá, marinheiro mais velho da Capitania em 1962, que conheci muito bem (eu, Djack e decerto o autor do texto), grande e inesquecível amigo
Daniel Duarte Silva, para além de ser Comandante dos Portos de Cabo Verde, desempenha diversos cargos em Mindelo, tais como: os de Presidente da Câmara Municipal de São Vicente e reitor do Liceu Infante D. Henrique. Deu um grande incremento ao desporto, tendo fundado o Sporting Clube de São Vicente, em 14 de Maio de 1928. Foi Presidente do Clube Mindelo e era sócio Honorário do Clube Sportivo Mindelense. Impulsionou o remo, atletismo, (peso, disco e dardo), ténis e futebol.

O "28 de Maio" - Foto Arquivo Valdemar Pereira
Foi escolhido para se deslocar à Europa para comprar o navio rebocador de nome “Vinte e Oito de Maio”, para operar no Porto Grande e noutras ilhas do arquipélago.

O comodoro Daniel Duarte Silva, pelo valioso contributo prestado a Cabo Verde, e por mais de cinquenta anos ligado à Marinha, na qualidade de filho amado deste chão pátrio, é nome que merece ser destacado na galeria do Museu do Mar, inaugurado em Mindelo, no dia 16 de Abril de 2014. A cerimónia foi presidida por Sª Excelência Sr. Ministro da Cultura, Mário Lúcio Sousa e por Sª Excelência Sr. Presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Dr. Augusto César Neves, acompanhado do Sr. Vereador Humberto Lélys e outras entidades.

Daniel Gomes

Fontes: Arquivo da Câmara Municipal de São Vicente 
e Arquivo Histórico Nacional

ADENDA DO "PRAIA DE BOTE" SOBRE DANIEL DUARTE SILVA, COPIADA DA SUA BIOGRAFIA NO PARLAMENTO DE PORTUGAL

Data de nascimento
1895-12-16.

Localidade
 S. Vicente / Cabo Verde.

Habilitações literárias
 Curso da Marinha Militar.

Profissão
 Oficial da Armada;
 Administrador de empresas.

Carreira profissional
 Oficial general da Armada, onde atingiu o posto de Comodoro;
 Comandante da Escola Naval;
 Comandante do Corpo de Marinheiros da Armada;
 Presidente do Conselho de Administração da Companhia Portuguesa de Pesca;
 Presidente do Conselho de Administração da Docapesca.

Carreira político-administrativa
 Vogal da Comissão Central de Pescarias;
 1922-1924 – Ajudante-às-ordens do Ministro da Marinha;
 1924-1926 – Ajudante-de-campo do Alto-Comissário de Moçambique;
 1927-1931e 1934-1936 – Capitão dos Portos de Cabo Verde;
 1936-1938 - Ajudante-de-campo do Ministro da Marinha;
 1941-1942 – Vice-presidente da Comissão Administrativa do Fundo de Fomento de Angola;
 1941-1944 - Chefe do Departamento Marítimo de Angola;
 1942 – Chefe de Gabinete do Governador-Geral de Angola;
 Director do Instituto Português de Conservas de Peixe;
 Delegado do Governo junto do Grémio dos Armadores de Pesca do Arrasto, de cujo Conselho Geral veio
a ser Presidente e em cuja qualidade integrou a Câmara Corporativa, pela indústria (VI Legislatura);
 Presidente da Corporação da Pesca e Conservas, mantendo, por inerência do cargo, as funções de
Procurador (VIII Legislatura); nas IX e X Legislaturas, voltou a ser designado na qualidade do já referido
grémio; na última legislatura a sua permanência na Câmara Corporativa resultou da sua qualidade de
ex-Presidente da Corporação da Pesca e Conservas.

Carreira parlamentar
Legislaturas Secções
VII IV − Pesca e conservas (1.ª Subsecção – Pesca).
VIII VI − Pesca e Conservas (1.ª Subsecção – Pesca; 2.ª Subsecção − Conservas de Peixe).
IX VI − Pesca e conservas (1.ª Subsecção – Pesca).
X VI − Pesca e conservas (1.ª Subsecção – Pesca).
XI VI – Pesca e conservas (1.ª Subsecção – Pesca; 2.ª Subsecção − Conservas de peixe).
Pareceres subscritos/relatados [Total: 5]

VII Legislatura (1957-1961) [1]
 3/VII – Projecto do II Plano de Fomento (1959-1964) METRÓPOLE – ANEXO II – Pesca Indústrias extractivas e transformadoras.

VIII Legislatura (1961-1965) [1]
 18/VIII – Projecto de Plano Intercalar de Fomento para 1965-1967 (Continente e ilhas).

IX Legislatura (1965-1969) [2]
 3/IX – Mar territorial e zona contígua. 
 9/IX – Projecto do III Plano de Fomento, para 1968-1973 − Continente e ilhas – ANEXO III – Pesca.

X Legislatura (1969-1973) [1]
 56/X – Projecto do IV Plano de Fomento para 1974-1979 (Continente e Ilhas) – ANEXO V – Pesca.

XI Legislatura (1973-1974)
Não subscreveu ou relatou qualquer parecer. 

segunda-feira, 4 de maio de 2015

[1499] Ainda um post, antes de mais um interregno: fragata portuguesa "Bartolomeu Dias" navega em tinta de escola no Tarrafal do Monte Trigo, Santo Antão

"Bartolomeu Dias" no Alfeite - Foto Joaquim Saial 
"Bartolomeu Dias" no Alfeite - Foto Joaquim Saial
Ponte da fragata "Bartolomeu Dias" - Foto Joaquim Saial
Peça de vante da fragata "Bartolomeu Dias" - Foto Joaquim Saial

[1498] Praia de Bote encerra até domingo. Travail oblige...



[1497] 1500... está quase



[1496] O "Guardian", em mais uma imagem da Foto Melo


Desta vez, temos o britânico "Guardian", em chapa de 7 de Maio de 1955, novamente da autoria da Foto Melo, embora aqui sem a chancela da dita. Fundeado no Porto Grande, com fumegante rebocador atracado a estibordo, vê-se em fundo a cara mais montanhosa da ilha de São Vicente. Nada sabemos dele, mas que existiu, existiu... Aqui está a prova que prova que não foi barco fantasma...

[1495] Mais notícias de Santa Catarina de Santiago (Assomada)









[1494] Notícias de Santa Catarina de Santiago... e de Loulé (Portugal)

Ver AQUI


sábado, 2 de maio de 2015

[1492] A Foto Melo, inolvidável alfobre de registos fotográficos históricos mindelenses

A Foto Melo (na imagem, grafada como "Mello") não perdoava: barco que chegasse ao Porto Grande, era logo fotografado. Tal como o "Tynebank" (1934-1955), em 22 de Julho de 1947, pouco depois do final da II Guerra, quando a navegação já era de novo segura, afastados que estavam os lobos submarinos germânicos, bem como outras desgraças de origem teutónica. E registado na chapa fotográfica, como dizia o Melo, frente à face de Washington... Ver AQUI


[1491] COMUNICADO UCCLA: DONATIVOS PARA A ILHA DO FOGO

Desde o primeiro momento que a UCCLA - União das Cidades Capitias de Língua Portuguesa se disponibilizou para apoiar, dentro das suas disponibilidades e capacidades, uma campanha que pudesse minorar a situação das populações da Ilha do Fogo, Cabo Verde, em consequência da erupção do vulcão, em especial as populações de Chã das Caldeiras.

Articulou-se com a Embaixada da República de Cabo Verde, e contou, desde a primeira hora, com o apoio solidário da Câmara Municipal de Lisboa. 

Aderiram várias Câmaras Municipais, um pouco por todo o País, que recolheram várias toneladas de material diverso (Lisboa, Faro, Portimão, Évora, Coimbra, Covilhã, Santarém, Lourinhã), como alimentos, brinquedos, livros, produtos de higiene e limpeza, etc. Contribuíram diversas entidades colectivas, públicas e privadas, bem como pessoas individuais, bem assim como o Exército Português. A conta solidária, aberta pela UCCLA, teve uma adesão muito boa. Para a divulgação de todas as acções contribuiu decisivamente a campanha que a RTP fez, divulgando a iniciativa solidária da UCCLA.

Recolheram-se 5 contentores de 40 metros cúbicos cada, armazenados e despachados, gratuitamente, pela ARNAULT, e transportados, também gratuitamente, pela TRANSINSULAR. Da conta solidária, de que se destaca as contribuições das Câmaras Municipais de Gondomar e Cinfães vão ser transferidos, após as despesas efectuadas, para a Cruz Vermelha de Cabo Verde, 43 579,79 Euros.

A todas e todos que ajudaram o nosso muito obrigado!

[1490] Balanço da visita do representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Cabo Verde à ilha de São Vicente entre 23 e 26 de Abril de 2015


sexta-feira, 1 de maio de 2015

[1489] José Inocêncio da Silva e a SHIP

Dois documentos, alusivos a actividades semelhantes, o primeiro dos quais o Pd'B possui em papel (já antes aqui reproduzido), relacionados com José Inocêncio da Silva (S. Nicolau, 1894 - Mindelo, 1967), de nominha Djô Fei. E onde surgem também outras figuras, como João de Mascarenhas e António Alfredo Miranda. Curiosidades de um tempo antigo, de meio século. História, afinal. Quanto à SHIP, relembramos almoço recente no restaurante da mesma com o amigo Manuel Brito-Semedo. Grande tarde essa, que acabou com ginja tão inesquecível como o dito repasto.