quarta-feira, 31 de agosto de 2011

[0101] Uma homenagem do Praia de Bote, no rescaldo das comemorações do 100.º post: a casa de Henrique Teixeira de Sousa em S. Filipe, Fogo

(clique na imagem)
Recebida por correio electrónico hoje mesmo, esta imagem retrata a casa/sobrado que foi residência do Dr. Henrique Teixeira de Sousa em S. Filipe, Fogo. A foto é da autoria de Adriano Azevedo e foi-nos enviada pelo seu parente (primo, suponho), nosso amigo e condiscípulo do Liceu Gil Eanes Aníbal Orlando "Landim" Teixeira de Sousa, filho do saudoso médico e romancista.

Foto Joaquim Saial (imagem reduzida)
Tivemos o prazer de conhecer o ilustre foguense há longos anos, na sua faceta de presidente da Câmara Municipal de S. Vicente (aí sem sequer falarmos com ele, pois miúdos não têm voz na matéria...) e, em anos recentes, na de escritor, em alguns eventos (por exemplo, no lançamento do seu derradeiro livro "Ó Mar de Túrbidas Vagas", na Casa da Morna, em 14 de Dezembro de 2005, pouco antes de falecer tragicamente, e num almoço organizado pela Associação dos Antigos Alunos do Ensino Secundário de Cabo Verde, em Lisboa). Desses momentos temos uma boa colecção de imagens, entre as quais estarão eventualmente as últimas fotografias que foram feitas retratando a sua pessoa.

Henrique Teixeira de Sousa nasceu em 9 de Setembro de 1919, no Fogo, Cabo Verde, e faleceu por atropelamento em Algés, Portugal, em 3 de Março de 2006. Coube-nos, para surpresa e orgulho nossos, a sua oração fúnebre no Cemitério dos Olivais, onde foi cremado.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

[0100] Até que enfim, 100!


Só três imagens: uma dos 100 posts, outra de bebidas para o pessoal amigo, saborosíssimo champanhe francês genuíno, feito a martelo lá para as bandas do Mato Inglês (é o que se pode arranjar, por agora) e uma foto do sítio mais óbvio. Não podia ser outra, nesta altura. Há lá melhor praia que esta? Copacabana ao pé, nem lhe chega aos calcanhares. Enfim, algum exagero fica sempre bem a quem ama...

Quanto ao resto, um braça más que pertóde pa tude bsote que ta companháme  nesse praia sabim na munde e um ubrigadim.
Praia de Bote - Foto Joaquim Saial, 1999 (clique na imagem)
 
ÚLTIMA HORA!

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Instituto Cabo-Verdiano dos Blogues Culturais da Praia de Bote (ICVBCPB), através do seu presidente, Dr. Junzim Pina Évora Semedo Fortes Lima Barbosa felicita o administrador do PRAIA DE BOTE pela colocação do seu 100.º post e oferece-lhe uns botões de punho em ouro e prata com representação do animal nacional mais estimado e uma almofada com as cores do país, para que este possa repousar a cabeça enquanto não está aqui a colocar pedaços da história de Cabo Verde.

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O blogue PRAIA DE  BOTE agradece reconhecido a simpatia de Sua Excelência e as honrosas ofertas (aliás merecidas e que já se faziam tardar...) e promete continuar a honrar a sua praia com o fervor que lhe é habitual, até ao post n.º 1 000 000. Depois, se não esticar o pernil entretanto (era logo composta nova música, intitulada "Ó Djack, quem mandóbe morrê?"), logo se vê!... E viva a Praia de Bote!...


MAIS FELICITAÇÕES

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A Comissão de Peixeiras do Plurim d'Pêxe (CPPP), através da sua líder Nizinha Craca Lima Tubarão, acaba de enviar as suas felicitações ao PRAIA DE BOTE, bem como mais uma prenda, neste caso uma peça de roupa personalizada que muito agradecemos, adquirida na loja do Fun Li, na Rua de Lisboa. Ficamos extremamente sensibilizados com a oferta que prometemos usar já no próximo inverno. Obrigado, ó mulheres da Rua de Praia.

AINDA MAIS FELICITAÇÕES

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PRAIA DE BOTE recebe agora do Novo Sindicato Nacional dos Pescadores de Pesca de Peixe e Marisco Vivo e Fresco da Praia de Bote, conhecido pela sigla (NSNPPP&MVFPB), felicitações pelo seu 100.º post, para além de mais duas ofertas, desta vez um boné da Polícia Nacional e um crachá da Polícia Marítima, obtidos por um dos sócios, Djosa Facadim Silveira que os conseguiu durante a última rusga da PN e da PM à Praia de Bote onde houve vigorosa cena de pancadaria entre as autoridades e os "habitantes" locais. Agradecemos penhorados os maravilhosos despojos, afiançando que ficarão em depósito na nossa estante de materiais de Cabo Verde com todo o carinho e consideração que de facto merecem.

[0099] Discos voadores sobre S. Vicente e na Praia, com fotografia e tudo

Foto verdadeira, fabricada pelo PRAIA DE BOTE (clique na imagem, para a poder ampliar e ver os homenzinhos verdes dentro do disco)











Em S. Vicente, "aquele país", como lhe chama o Viriato de Barros, tudo, mas tudo mesmo, pode acontecer! Até ali podem aterrar no Monte Cara alguns discos voadores carregados de homenzinhos verdes que logo depois descerão calmamente o morro e atravessarão a baía por cima das águas do Porto Grande, sem se molharem. Passarão em seguida junto à velha Alfândega, para prosseguirem caminho até encontrarem a Praça Nova, onde ficarão umas boas horas a divertir-se, ta rudiá ou sentados no quiosque a beber uma Strela ou uma Sagres... olhando para as mnininhas. Ou, sabe-se lá, talvez façam coisa parecida na Praia, que também lá foram vistos os pratos voadores. Aqui fica a notícia, de 2.Dezembro.1959, para um pouco de risota - que também faz falta. para completar, uma foto verdadeira do evento, fabricada hoje...

E já repararam? 15 minutos do Mindelo à Praia! Nem os TACV conseguem tal proeza ainda hoje...

[0098] Barbatanas de tubarão exportadas de S. Vicente para Hong Kong e sal... do Sal para Bissau, num navio de S. Vicente

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O que hoje é bom e legal, é amanhã considerado horroroso e crime punível. Assim tem acontecido com muita coisa, umas vezes com acerto, outras nem tanto. No caso que desta vez damos à observação dos nossos leitores, estamos na primeira situação. O comércio de barbatanas de tubarão, já proibido em muitos locais mas ainda feito à socapa em diversos pontos do mundo, era por 1967, uma actividade em vias de expansão nas nossas ilhas. Disso é sinal a notícia de 8.Fevereiro.1967, prometedora em termos de futuros ganhos. Pensamos que a coisa terá surgido por via dos contactos dos cabo-verdianos (sobretudo sanvicentinos) com os japoneses dos marus que nos idos de 60 eram muito activos na pesca local. Quem que ca ta lembrá daquês saiko d'odjo rasgóde?


Mas tudo muda neste mundo que é composto de mudança... Ora veja-se como a pesca do tubarão apenas com interesse para o corte das barbatanas é mal vista nos tempos actuais e com razão. Clique aqui. Terá ido assim por água abaixo este comércio que se previa florescente mas que nas ilhas não deve ter tido grande duração nem proveitos por aí além.

E já que estamos a falar de mar, num sistema de dois em um, passemos ao sal... do Sal. Com "Manelica" do senhor José Manuel Lopes (que ainda conheci) e tudo, navio saudoso do qual falarei mais detalhadamente noutra altura, devido a abalroamento que sofreu provocado por uma distraída fragata de guerra portuguesa... em pleno cais acostável. A notícia a seguir, é do mesmo dia da anterior.


"Manelica", no cais acostável (clique na imagem)
Sal, salzinho do Sal, de Pedra Lume, exportado de Cabo Verde para a Guiné, em plena guerra colonial que aqui começara em Janeiro de 1963, quatro anos antes. O "Manelica" (navio de S. Vicente) levava-o para a Praia, de onde outras viaturas aquáticas o transportariam para Bissau. Algum desse sal terá decerto temperado marmitas do PAIGC no mato... Enfim, uma pequena história das muitas que aqui o arquivo caseiro do Djack dispõe sobre coisas de nôs terra e que irão saindo dele a pouco e pouco.

domingo, 28 de agosto de 2011

[0094] Matar quatro coelhos de uma cajadada com um Diploma Legislativo

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A história do escudo de armas português em bronze não acabou. Há ainda muito para contar sobre ele, mas neste domingo a administração do PRAIA DE BOTE está com excesso de trabalho e não pode prosseguir as necessárias pesquisas. Ficará para daqui a dias. No entanto, não quisemos deixar os fiéis leitores do PB sem nada para fazer, isto é, sem nada para ler. Vai daí, fomos vasculhar o nosso bem recheado arquivo de coisas de São Vicente e lá descobrimos um belo petisco para avivar memórias. E que petisco...

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Matar quatro coelhos de uma cajadada é de facto obra. Deitar abaixo um pardieiro, construir nele uma estação de correios, desimpedir instalações de um liceu para melhorar o seu desempenho e ainda por cima dar-se trabalho a gente sem ele, só pode mesmo considerar-se coisa meritória. Pois então, aqui fica a notícia de 4.Agosto.1933 do DN de NB, onde se fala do prédio em ruínas na Rua Infante D. Henrique (mais conhecida como Rua do Telégrafo, hoje de 5 de Julho) expropriado aos herdeiros de George Rendall para ali se construir a nova estação de correio que na altura estava integrada no nosso Liceu Gil Eanes. E com isto se dava trabalho a gente que tanto precisava dele. Uma maravilha!... Lembramos que hoje os correios do Mindelo se situam junto à Praça Nova, não muito longe do anterior local, agora delegação dos TACV.


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EM BREVE:
De como em 1944 em S. Vicente se abria uma lata de atum "da melhor qualidade" e lá dentro estavam cavalas!!! Oi nha mãe, tonte patife nesse munde...

A SEGUIR AO EM BREVE:
Iremos até 1969 ver Bana actuar nos Estados Unidos da América. Tchéu de morninha sweet...

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

[0093] A história de um escudo de armas português em bronze - POST EM ACTUALIZAÇÃO PERMANENTE

Para grande desgosto do PRAIA DE BOTE, a memória do scudim de bronze está mesmo apagada. Ninguém chegou lá, nem perto! E todos os nossos leitores tinham obrigação de saber dizer qualquer coisa sobre ele. Nem que ficassem pela metade...

Mas... estará mesmo apagada? Isso é que era bom!!! Aqui no PB tudo se reaviva, tudo se reaprende, tudo se ressuscita (sobre o Mindelo, "aquel país", claro!). Enfim, dentro do possível que a memória do PB é só de elefante e não de computador...

É uma história com mais de meio século e por isso será contada calmamente. Pedaço a pedaço, sem pressas. E por pontos... para espevitar o interesse. Ora caro amigo leitor, sente-se na esplanada do quiosque da Praça Nova, mande vir um ratchinha de cuscus, um groguim de Santantom ou um cafizim de Fogue, estique as pernas e prepare-se para esta saga que aqui lhe iremos oferecer.

1 - Comecemo-la num país da América do Sul, o Uruguai. Diga-se em abono da verdade que esta nação não interessa nem um bocadinho ao desenrolar da nossa história, excepto pelo nome da sua capital: Montevideo (em castelhano) ou Montevidéu (em língua portuguesa). Montevidéu, pois, caro leitor, Montevidéu. Sabia que na nossa ilha de São Vicente há uma pequena zona com esse nome?

Pois, Montevidéu é o morro onde se ergue o Fortim (ou sobrevivem as suas ossadas) e o antigo Miradouro Craveiro Lopes (depois Serviços de Meteorologia). Como diz o Valdemar no seu comentário, dali desfruta-se uma das melhores vistas do Porto Grande e arredores.

Presidente Craveiro Lopes (clique na imagem)
2 - Deixemos Montevidéu em banho-maria e lembremos o Presidente Francisco Higino Craveiro Lopes (1894-1964), aquele que se encontrava em funções quando o administrador do PB chegou a este mundo. Esteve no alto cargo apenas durante um mandato, entre 1951 e 1958. De início apoiante incondicional de Salazar, foi-se afastando progressivamente do ditador, a ponto de este e o regime não lhe terem dado a possibilidade de um segundo mandato, seguindo-se-lhe Américo Thomás, o último presidente do Estado Novo. Não é de estranhar a atitude, visto que Craveiro Lopes chegou ao ponto de conspirar por palavras e actos contra o homem de S. Bento. E isso não podia ter perdão...

 Berta Craveiro Lopes (clique na imagem)
Não vem ao caso falarmos agora da biografia deste militar e homem íntegro que quando faleceu conhecia todo o Império, por nele ter tido funções oficiais ou por o ter visitado como PR. Curiosamente, a sua elegante esposa Berta (1889-1958) era natural de Moçambique, onde a conheceu e com ela casou e alguns dos filhos fizeram vida em Angola.

Mais nos interessa a sua visita a Cabo Verde (que também teve a Guiné como destino), entre 15 e 26 de Maio de 1955. Ou muito mais, à ilha de S. Vicente, em 20, 21 e 22 (neste último dia, só de manhã, altura em que assistiu a uma missa na igreja de N.ª Sr.ª da Luz, tendo depois seguido para Santo Antão). Mas não deixemos de lembrar que na Praia, Santiago, ainda existe um bairro com o seu nome. Ver aqui dados muito interessantes e elucidativos sobre o mesmo.

Montevidéu e Craveiro Lopes, dois pontos cruciais de nôs stóra d'scude... Mas mais haverá!...

CMSV - Foto Joaquim Saial (clique na imagem)
3 - Quando um Presidente da República (português ou de outra nação colonial) visitava um ponto do Império, era de regra lá deixar a sua marca: lápides, inauguração de estátuas ou bustos de heróis, edifícios públicos como escolas, liceus, hospitais, bibliotecas, obras de engenharia  como baragens ou pontes, etc. Ora para aqueles dias 20 e 21 de Maio de 1955 em S. Vicente, o programa nesse aspecto era de todo modesto. Uma recepção muito amistosa, como só o povo de S. Vicente sabe oferecer, alegria a rodos, discursos, até uma almoçarada na Baía das Gatas mas... nenhum sumo construtivo ou de progresso que de facto interessasse à ilha. Vejamos do que constava, no essencial, o programa: recepção das chaves do Mindelo, sessão solene na Câmara Municipal de S. Vicente, uma inauguração (que tem a ver com o nosso escudo mas cujo véu ainda não levantamos), uma visita ao Liceu Gil Eanes, outra ao Hospital, um almoço na Baía das Gatas (oferecido pelo Presidente), uma festa desportiva (em que partiparam o Mindelense, o Derby, o Castilho a Académica e o Amarante) e uma recepção no Palácio do Governo (obviamente também patrocinada por Craveiro Lopes).

4 - Ora a primeira vez que ouvimos falar do escudo foi através do "Diário Popular" de 25.Abril.1955. Aqui vai a notícia que, iniciada por melhoramentos que Craveiro Lopes iria inaugurar em Santiago, tinha depois destaque para S. Vicente:

A RECEPÇÃO AO CHEFE DE ESTADO EM CABO VERDE – Cidade da Praia, 25 – Vai por toda a Província grande entusiasmo pela próxima visita do general Craveiro Lopes, trabalhando-se intensamente nos preparativos da recepção a fim de dar-lhe a grandeza que todos desejam.

Na Vila Assomada, sede do concelho de Santa Catarina, a população está a construir um pequeno padrão comemorativo da visita. Ninguém quis deixar de contribuir por todas as formas e meios para a realização da obra, na qual se trabalha com o maior carinho. Entre as obras a inaugurar pelo chefe do Estado, destacam-se o novo abastecimento de água à cidade da Praia; o Posto de Fomento Pecuário de S. Jorge dos Órgãos, [etc.] Está a merecer também grande interesse o desfile pecuário a realizar no concelho de Santa Catarina, em que Cabo Verde mostrará a sua apreciável riqueza pecuária.

A oferta do sr. general Craveiro Lopes de um escudo em bronze, oferecido pelo chefe do Estado com a efígie de Diogo Afonso, causou grande alegria

Cidade do Mindelo (ilha de S. Vicente), 25 – Causou grande alegria a chegada de um escudo de bronze, oferecido pelo chefe do Estado, com a efígie de Diogo Afonso, descobridor da ilha de S. Vicente, e que se destina a ser colocado num padrão que a Câmara Municipal está a erigir em Montevideu, perto do fortim d’El-Rei, que domina toda a baía.

Temos então que o padrão era oferta do município, mimo ao PR que iria chegar ao Mindelo em visita oficial, e iria inaugurá-lo. Este, tendo sabido da coisa, resolvera oferecer um escudo em bronze como retribuição da gentileza sanvicentina. Era o padrão sobretudo memória de um tal Diego Affomso de que fala Duarte Pacheco Pereira, navegador do Infante D. Henrique, homem que fazia uma perninha no negócio da escravatura e que terá descoberto algumas ilhas do arquipélago como a Brava, S. Nicolau, Santo Antão e S. Vicente, para além dos ilhéus Rombo e Raso. Homenagem a Diogo Afonso, portanto, e não ao PR que depois teve  de facto nome em miradouro próximo. Vejamos então como se previa que fosse a cerimónia inaugurativa, através do já nosso conhecido "Diário de Notícias" de New Bedford:

"De traço simples mas elegante, com quatro metros e meio de altura, o padrão compõe-se de uma coluna rectangular, encimada pela cruz de Cristo, tendo na face posterior um medalhão em formato de escudo com a inscrição: 'A Diogo Afonso - descobridor desta ilha de S. Vicente'.

Simultaneamente, com a inauguração do monumento, será descerrada uma placa de bronze oferecida pelo sr. general Craveiro Lopes, a qual, afixada na base do padrão, representa, além de uma homenagem do chefe de Estado ao descobridor da ilha, um símbolo comemorativo da viagem do sr. Presidente da República ao arquipélago de Cabo Verde.

O significado histórico deste monumento, que se pode considerar o pagamento de uma dívida de gratidão a um dos maiores navegadores do Portugal de 500, será enaltecido, durante a cerimónia de inauguração, em discurso proferido pelo presidente da Câmara Municipal de S. Vicente, sr. Bento de Oliveira.

A guarda de honra ao monumento será prestada por uma força de marinha sob o comando de um primeiro-tenente e constituída por uma companhia a quatro pelotões; e a guarda de honra ao chefe do Estado por forças do Exército.

Foto NJNS, 6.2.1965 (clique na imagem)
Do alto do Fortim seguirá depois o sr. general para o Liceu Gil Eanes, cujas instalações irá visitar, acompanhado pelo Reitor, sr. Dr. Baltasar Lopes da Silva. (...)"

E aqui está, como aparece o escudo de bronze atrás do qual temos andado às voltas. Resta apresentá-lo aos rapazes esquecidos que não conseguiram dar com ele nos recantos recônditos das suas memórias.

Em foto do pai do nosso amigo Djack, ele aqui nos surge. Hoje, apenas como lembrança perdida, pois pelo menos em 1999 já estava destruído... O Djack, esse está de chinelos com sola articulada de pauzinhos (parte dos mesmos que tocava no chão), cobertura de palha (onde os pés assentavam) e duas tiras de veludo por cima (onde os dedos se enfiavam). Coisa fina, de japonês de maru...

Por altura desta foto, dez anos haviam passado sobre a inauguração. Atrás do padrão, estava agora o Miradouro Craveiro Lopes. 

Mas não respirem fundo, porque a história do escudo ainda vai continuar. Prometemos aos nossos leitores que, no ponto 5, desceremos à morada para sabermos o que lhe aconteceu. Podem ir colocando comentários... não façam cerimónia! 

terça-feira, 23 de agosto de 2011

[0092] A horrível morte de Ruck na Matiota

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Em Outubro de 1932, o italiano Ruck, funcionário da Italcable, foi devorado por um tubarão na praia da Matiota. A notícia que aqui divulga a sua morte é de 10 de Novembro seguinte, do "Diário de Notícias" de New Bedford, EUA, que a recolhera do homónimo lisboeta. O drama ocorreu na hoje saudosa praia da Matiota, ela própria baptizada por tragédia que igualmente teve selo italiano, de barco naufragado.

Os comentários são desnecessários, excepto na chamada de atenção para a redacção do texto, extremamente visual, e no facto de este episódio ter ficado marcado na memória dos mindelenses como um dos mais terríveis pela sua violência, acontecidos na ilha.



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domingo, 21 de agosto de 2011

[0091] "Zona" ganhá!!! Parabéns ao novo Presidente da República de Cabo Verde

Foto JS
Nesta altura ainda é oficioso, mas... o PRAIA DE BOTE decide arriscar e dá os mais sinceros parabéns ao novo Presidente da República de Cabo Verde, Dr. Jorge Carlos Fonseca "Zona", um filho de São Vicente (já não era sem tempo!!!).

Boa sorte neste mandato agora iniciado - que é o mesmo que dizer que esperamos estarem Cabo Verde e a nossa ilha (tão esquecida) no seu horizonte de trabalho diário nos próximos anos.
Biografia, retirada do seu site de candidatura:

Jorge Carlos de Almeida Fonseca nasceu em Cabo Verde (Mindelo, ilha de S. Vicente), em 1950, país onde fez os estudos primários e secundários e onde actualmente reside (Praia).

É casado e pai de três filhas: Andrea (33 anos), Sofia (30 anos) e Rita (7 anos).

Jurisconsulto e professor universitário, é actualmente Professor Auxiliar e Presidente do Conselho Directivo do Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais de Cabo Verde, sendo também fundador e Presidente do Conselho de Administração da Fundação «Direito e Justiça».

É fundador e director da revista quadrimestral «Direito e Cidadania» também colaborador permanente da Revista Portuguesa de Ciência Criminal, e membro do Conselho Editorial da Revista de Economia e Direito, da Universidade Autónoma de Lisboa.

Ilustre e prestigiado jurista, é autor de cerca de uma dúzia  de livros e de mais de meia centena de trabalhos científicos e técnicos no domínio do direito, publicados nomeadamente em Cabo Verde, Portugal, Brasil, Espanha, Argentina, Macau, Itália, Angola e México.
        
Foi Assistente Graduado da Faculdade de Direito de Lisboa (1982-1990), professor convidado de Direito Penal no Instituto de Medicina Legal de Lisboa (1987); director residente e Professor Associado convidado do Curso de Direito e Administração Pública, na Universidade da Ásia Oriental (Macau-1989/1990).

Foi Director-Geral da Emigração (1975-1977) e Secretário-Geral (1977-1979) do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde.

Foi Ministro dos Negócios Estrangeiros entre 1991 e 1993, no primeiro Governo da II República, e candidato a Presidente da República nas eleições de 2001.

Poeta, com dois livros publicados («O silêncio acusado de alta traição e de incitamento ao mau hálito geral», Spleen Editores, Praia, 1995; «Porcos em delírio», Artiletra, 1998) e colaboração dispersa em dezenas de publicações nacionais e estrangeiras (Raízes; Artiletra; África; Fragmentos, Folhas Verdes, Pré-Textos, etc.).

Titular do estatuto de combatente da liberdade da pátria, possui várias condecorações pelo Estado de Cabo Verde.

[0090] Um escudo... ca bsot pensá na dezston...

Após as animadas comemorações dos 10 000 cliques, e já com algumas Strela na barriguinha, chegou a hora de chatearmos o pessoal leitor deste espaço de animação mindelense e sanvicentina.

Pergunta o administrador do PRAIA DE BOTE aos visitantes do blogue se sabem a história do escudo aqui à direita. A história TODAAAAAAAAAAAA, nada de meias frases, nada de dizer "Hum, agora não posso, estou a fazer a digestão da cachupa!..." UM FRASCO INOX PARA GROGUE, COM AS CORES NACIONAIS, A QUEM ACERTAR!!! O FRASCO IRÁ VAZIO, CLARO...

Resta dizer que o PRAIA DE BOTE sabe a storinha mas quer ver se alguém ataca (e se destaca) com stil.

Dos frequentadores da PB, parece que o Odair é quem está em melhores condições de chegar lá, mas todos os outros têm obrigação de saber, porque o scudim já lhes passou pelo olhar, de certeza.

Uma ajudinha: alto esteve, guardado por forte edifício;  hoje baixo está, guardado por outro e por grosso capote. 

Braça pa tude munde e bsot dsculpá mufneza desse mnine de ponta de Praia.
Djack

[0089] Após 10 000 cliques, uma cervejola cabo-verdiana para comemorar e seguir em frente

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Mandou-me a Strela há dias este press release que já saiu em pelo menos um jornal cabo-verdiano, que eu saiba. Outros comunicados tenho recebido, disto e daquilo (é o que dá ter estado ligado à imprensa local, coisa que deve ser reatada em breve, depois de uma ou duas promessas não cumpridas, por outros afazeres profissionais que se sobrepuseram) mas abstenho-me de os divulgar - porque propaganda de borla não me sabe bem...

Quanto à Strela, dizem-me que é uma boa cerveja. E se vai levar o nome de Cabo Verde para os States, ainda maior consideração se lhe deve dar. Do que conheço, a forma exterior, dou os parabéns aos homens do marketing do sumo de cevada produzido nas ilhas. É uma bonita roupagem que ficará bem em qualquer snack-bar daqueles estados onde há açorianos e cabo-verdianos às toneladas.

Um bom futuro para a Strela, a bem de Cabo Verde, são os desejos do PRAIA DE BOTE. E já agora, pedimos à gerência da fábrica que faça um pequeno desconto para os botequins da nossa praia. Eles merecem e o pessoal que os frequenta, também. Quanto a mim, já sabe a Cavibel: quando eu regressar ao Mindelo ou à Praia, quero um jipe no aeroporto carregadinho de garrafas de Strela...
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Press Release
A Cavibel já iniciou a comercialização da sua cerveja Strela no mercado americano.
Praia, 17 de Agosto de 2011

A marca de Cerveja Strela, primeira marca de cerveja de qualidade internacional produzida em Cabo Verde, iniciará este mês a exportação nos Estados Americanos de Massachusetts e Rhode Island.

A pouco mais de três meses de celebrar o seu 5º aniversário, este é um projecto que se insere num novo desafio e posicionamento da marca como o objectivo de proporcionar à Diáspora Cabo Verdiana, e neste caso a que vive nos EUA, a oportunidade de poder consumir a sua marca de cerveja nacional no país de residência.

Inicialmente, a cerveja Strela será produzida sob a licença da Cavibel na Europa, por questões de adaptação das suas linhas de produção em Cabo Verde para o exigente mercado americano.

Não obstante este facto, a Direcção da Cavibel Sarl, desde já começará a efectuar todos as diligências e esforços para garantir que o mais brevemente possivel a marca possa ser fabricada em Cabo Verde, e desde aí exportada directamente para os EUA.

No sentido de promover o nosso país no mercado americano foi decidido estrategicamente inserir na etiqueta do produto a palavra Cabo Verde, em honra também pelo país que a cerveja Strela representa, visando assim uma acção de visibilidade e promoção de Cabo Verde que certamente impactará milhões de pessoas de diferentes partes do mundo.

Frisamos ainda que este lançamento de Strela será acompanhado por uma forte promoção nas redes sociais nomeadamente no Facebook e Twitter, e igualmente com uma campanha de publicidade com mais de 30 posições de outdoors nos Estados de Massachusetts e Rhode Island.

Cumprimentos e obrigado.

sábado, 20 de agosto de 2011

[0088] 10 000 cliques comemorados com fogo de artifício e com uma bela estalada


PRAIA DE BOTE atinge hoje os 10 000 cliques (ou visitas, se preferirmos). A comemoração faz-se com fogo de artifício, a partir do cais acostável do Porto Grande e com agradecimentos generalizados a todos os que têm tido a simpatia de aqui vir e deixar a sua marca. Um braça de ratchá osse pa tude munde.


Mas fogo de artifício não chega para comemorar 10 000 cliques. Há que dar mais qualquer coisa aos nossos amigos e leitores e achámos que não havia melhor maneira que remeter-lhes uma bela estalada. Enfim, não nos interpretem mal. Não somos nós que oferecemos a dita cuja, ou seja, fazemos a entrega através de inetrposta minininha cabverdaiano budzóde na Son Francisque...

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O final é delicioso. Dá uma estalada no patrício Salomão, paga 100 paus que não era quantia pequena na altura e no fim retira-se satisfeita... Grande mulher!!! Mas que lhe terá feito o Salomão? Isso ficará para sempre gatchóde lá dbóche de Golden Gate...

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

[0087] Construção em grande força, no Mindelo... em 1967

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Não é só de agora o incremento do uso do cimento (até rimou!...) acima e do lado esquerdo da Praia de Bote.

Hoje, o Mindelo ameaça tornar-se irreconhecível, com o camartelo a abater edifícios históricos cuja defesa não vinga  porque valores mais "baixos" se levantam, sempre, na hora da verdade. 

Outrora, porém, não se demolia o bom para construir o mau ou pelo menos raramente isso acontecia. Aqui vai uma nota desses meados de 60 em que os Beatles davam cartas, Bana também e os pedreiros, canalizadores, pintores e carpinteiros de nôs terra tinham trabalho à farta. A notícia é de 28.Junho.1967 e chega-nos (calcule-se!) de New Bedford, através do seu "Diário de Notícias".

Comando Naval, para onde foi transferida a Capitania dos Portos (clique na imagem)

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

[0086] Começaram as obras da gare do aeroporto de S. Pedro... há mais de 50 anos...

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Já que hoje se falou de um grande desastre rodoviário na estrada de S. Pedro, é de justiça falar do aeroporto que também tem o nome do santo das chaves, agora todo modernaço e internacional. Mas a coisa começou há cerca de 53 anos, no que diz respeito à gare. E a notícia aqui vai, ilustrada com um postal de diazá, em que para além de uma vista geral do Mindelo e do Palácio do Governo (hoje do Povo) se pode ver aquela coisa no meio do nada que era a gare do nosso então pequeno local de poiso de aviões.

A notícia é de 24.Dezembro.1958. Embora proveniente da capital do arquipélago, refere-se ao aeroporto de S. Vicente, como logo percebe quem é daquel país tchmode Mindel.



[0085] Grave acidente rodoviário na estrada de S. Pedro origina morte de um professor de História e Geografia do Liceu

A estrada de S. Pedro é manhosa. Ao longo dos anos, naquela via em que à primeira vista nada poderia acontecer de mal aos automobilistas, muitos já perderam a vida. Esta notícia, que data de 29.Julho.1929, fala-nos de um  infeliz professor do velho Liceu Infante D. Henrique, sediado na casa que o senador Vera Cruz deixou como residente para a oferecer à sua terra como escola secundária. Só em 11.Novembro.1937 o Liceu Gil Eanes teria nascimento, com futuro risonho, quase de universidade, que na realidade o foi. Aqui fica a notícia triste mas elucidativa, proveniente da Praia, divulgada no "Diário de Notícias" de New Bedford.

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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

[0084] Água medalhada, água selada!...

Água, Mindel ca tem! Sim, mas já teve! Grandes tempos os do português Alhinho que para além de dar bons filhos a Cabo Verde deu água a S. Vicente, de poços locais. Não para beber (ou talvez também), mas para a comida e as lavagens. Os seus carros-cisterna percorriam toda ilha, fornecendo água para depósitos no topo das casas ou para tambores forrados de cimento que se tinha sempre nos quintais. Mas lá por 1966, ou antes um pouco, novo rumo seria tomado nesse côsa de H2O. Nascia então (ou já estava em curso) a ideia da Central de Dessalinização de S. Vicente, junto ao cais acostável. E de tal modo a coisa foi importante que deu medalha e selo.

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Aqui se reproduzem ambos, comemorando-se o evento deste post com um copo de grogue... perdão, de água! A medalha é de 1972, assinada MOURA (talvez o escultor José de Moura); o selo deve ser da mesma altura, mais ou menos, ao que parece de 1974, talvez um dos últimos editados sob administração portuguesa. Aqui ficam ambos, a medalha com verso e reverso e o selo só a parte da frente e não a de trás, não vá alguém ter a tentação de lhe pôr cuspo... Quatro paus, valia ele... Em ambos, selo e moeda, a espreitar ao longe, o Monte Cara... como não podia deixar de ser!


[0083] CPC, PSP, POP, PN, tudo polícia...

PSP - Crachá de guarda
PSP - Crachá de graduado
CPC, PSP, POP e PN são siglas que consubstanciam o mesmo organismo de apoio à ordem civil e portanto aos cidadãos cabo-verdianos honestos, com historial de cerca de 140 anos.

O texto que se pode ler depois do quinto parágrafo é da Wikipedia (remete-se a devida vénia a quem o escreveu) e as imagens têm vindo a ser pacientemente recolhidas por mim ao longo do tempo no site eBay. 

Lembro-me bem dos "pliças" que passavam todos os dias mesmo em frente à janela do meu quarto, na Capitania, a caminho da "staçom", com a sua característica farda de caqui. Curiosamente, não havia grande familiaridade entre eles e os marinheiros cabo-verdianos da Capitania, pese embora a proximidade de aquartelamentos. De facto, quase nunca via dois deles juntos, a conversar ou a beber um grogue. Do mesmo modo, o patrão-mor tinha relações muito ténues com o comandante da PSP. Coisas estranhas e algo incompreensíveis...

Quanto ao Fortim d'el Rei, a prisão da ilha, talvez única no mundo de portas abertas, fotografei-o já muito decadente em 1999. A sua história posterior é de colocar os cabelos em pé a quem ama o património sanvicentino e portanto nem nela toco, para evitar síncopes cardíacas...

Relativamente à "staçom", em 99 era sede da Polícia de Choque mas as suas instalações estavam dramaticamente degradadas, como se pode ver pela foto que junto. Agrego também uma já aqui divulgada, de mulheres à espera da hora de abertura da Ferro & Cia. "Vascônia", junto das quais se pode ver um polícia. Repare-se que a mancha na parede, mais de 30 anos depois estava lá ainda... Hoje não sei como se encontra aquele edifício. Talvez o nosso amigo Odair Varela nos possa esclarecer sobre o assunto. Lembramos no entanto que esse crioulo de "staçom" tem a ver com reminiscências que ficaram do tempo dos ingleses... vide a expressão Police Station.

Um braça d'pliça pa tude munde
Djack

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A Polícia de Ordem Pública (POP) era a principal força de segurança uniformizada de Cabo Verde, responsável pela ordem pública e policiamento ostensivo, até 14 de novembro de 2005, quando foi criada uma nova corporação, a Polícia Nacional. Vinculava-se ao Ministério da Administração Interna.

Fortim d'El Rei, em 1999 (clique na imagem)
"Staçom", em 24.Junho.1965 (clique na imagem)
HISTÓRIA

A POP tem a sua origem no Corpo de Polícia Civil criado pelo governador Caetano Albuquerque em 1872. Esta polícia teria uma organização semelhante à Polícia Civil da metrópole portuguesa, actuando na cidade da Praia.

Em 1880, o Corpo de Polícia é reestruturado em companhias de polícia com uma organização de cariz militar, passando a existir uma companhia na Praia e outra no Mindelo.

"Staçom", em 1999 (clique na imagem)
Em 1962 dá-se uma nova organização da polícia de Cabo Verde, que é transformada na Polícia de Segurança Pública (PSP) de Cabo Verde, de carácter novamente civil, modelada na Polícia de Segurança Pública da metrópole.

Na sequência da independência de Cabo Verde em relação a Portugal em 1975, a PSP foi transformada na Polícia de Ordem Pública, sendo afastados os seus quadros de origem portuguesa.

Devido às relações históricas e ao facto de vários dos seus oficiais serem formados em Portugal, a POP continua a manter uma ligação estreita com a PSP portuguesa, mantendo, por exemplo, organização e uniformes semelhantes.

* O Comando Nacional da Ordem Pública é o serviço central da Policia Nacional, responsável pela coordenação, controlo e emprego dos meios operativos afectivos aos Comandos Regionais.

* O Comando Nacional de Ordem Pública inclui a Policia Florestal e é dirigido pelo Comandante Nacional de Ordem Pública.

Atribuições

    * Direcção de Formação;
    * Ordem Pública;
    * Guarda Fiscal;
    * Polícia Marítima;
    * Estrangeiros e Fronteiras;
    * Polícia Florestal e Ambiental.

Organização

A Polícia de Ordem Pública inclui:

    * Comando-Geral;
    * Comando de Unidades Especiais, incluindo: Corpo de Intervenção e Corpo de Protecção de Entidades;
    * Comandos Regionais: Praia, São Vicente, Santa Catarina, Sal, Fogo Santo Antão;
    * Esquadras Políciais e Postos Policiais, dependentes dos Comandos Regionais.
    * Escola de Polícia;
    * Serviços Sociais (SES).